segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Aspectos da Fidelidade Divina

Deus é fiel na preservação do Seu povo, ''Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão  do seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor'' ( I Coríntios 1:9). No Versículo anterior foi feita a promessa de que Deus confirmará o Seu povo até o fim. A confiança do apóstolo na absoluta segurança dos crentes estava baseada não na força das resoluções deles ou em sua capacidade para perseverar, mas sim na veracidade dAquele que não pode mentir. Visto que Deus prometeu ao Seu Filho um certo povo como sua herança, livrá-lo do pecado e da condenação e fazê-lo participante da vida eterna na glória, é certo que Ele não permitirá que nenhum dos pertencentes a esse povo pereça.

Deus é fiel na disciplina ministrada ao Seu povo. Ele não é menos fiel naquilo que retira, do que naquilo que dá. É fiel quando envia a tristeza como quando outorga alegria. A fidelidade de Deus é uma verdade que devemos confessar não somente quando a tranquilidade nos bafeja, mas também quando nos afligirmos sob o castigo mais áspero. Tampouco está confissão deve ser apenas de boca, mas também do coração, Quando Deus nos fere com a vara da punição, é a fidelidade que a maneja. Reconhecer isso significa que nos humilhamos diante dEle, confessamos que merecemos totalmente a Sua correção e, em vez de murmurar, damos-Lhe graças por isso. Deus nunca nos aflige sem algum motivo. ''Por causa disto, há entre vós muitos fracos e doentes... '' (I Coríntios 11:30), ilustra este princípio. Quando a Sua vara cair sobre nós, digamos com Daniel: '' A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós a confusão do rosto''. (9:7).

''Bem sei eu, ó Senhor, que os teus juízos são justos, e que em tua fidelidade me afligiste''
(Salmo 119:75), problemas e aflições não são apenas coerentes com o amor de Deus empenhado na aliança eterna, mas são partes de sua administração. Deus é fiel não só quando afasta as aflições, mas também é fiel quando no-las envia. ''Então visitarei com vara a sua transgressão, e a sua iniqüidade com açoites, mas não retirarei totalmente dele a minha benignidade, nem faltarei a minha fidelidade'' (Salmo 89:32-33), o castigo não é apenas conciliável, com a benignidade amorosa de Deus, mas também é seu efeito e expressão. A mente dos servos de Deus se tranqüilizaria muitos se ele se lembrassem de que a aliança de Deus o obriga a aplicar-lhes correção oportuna. As aflições são-nos necessárias. ''...estando eles angustiados, de madrugada me buscarão''. (Oséias 5:15)

Deus é fiel na glorificação do Seu povo, ''Fiel é o que vos chama, o qual também o fará'' ( I Tessalonicenses 5:24), A referência imediata aqui é aos santos seres ''preservados inculpáveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo''. Deus nos trata, não com base em nossos méritos (pois não temos nenhum), mas por amor do Seu grande nome. Deus é constante para consigo mesmo e segundo o propósito de Sua graça, ''... aos que chamou...a este também glorificou'' (Romanos 8:30), Deus dá plena demostração dá constância de Sua bondade eterna para com os Seus eleitos, chamando-os eficazmente das trevas para a Sua maravilhosa luz, e isto deveria torná-los seguros da certeza da sua continuidade. ''... o fundamento de Deus fica firme...'' (II Timóteo 2:19), Paulo estava afirmado na fidelidade de Deus quando disse ''... eu sei em quem eu tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia'' (II Timóteo 2:12).

A. W. Pink
In: Os Atributos de Deus 

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