sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A Impecabilidade de Jesus Cristo

Introdução:
Por favor, peço-lhes a sua gentileza que abram as suas Bíblias, para o livro aos Hebreus, ao capítulo número quatro e versículo treze. Segurando esta referência em suas Bíblias, também abram à primeira Epistola de Pedro capítulo número um e versículo dezoito. Na epistola aos Hebreus capítulo quatro e versículo treze a Escritura diz, !E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar. Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado?. I Pedro 1.18 diz, !Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós?. Eu tenho dois textos co-adjuntos com estes essa manhã: Hebreus 4.15, !Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado?. E também I Pedro 1.19,20, !Mas com o sangue precioso de Cristo,? ! tratando da nossa redenção ! ?como de um cordeiro imaculado e incontaminado? - e eu quero que considerem esses dois versículos e mantê-los no seu pensamento. 
Como Pastor Smith falou ontem à noite, e como Pastor Laurêncio Justice o seguiu, eu pensei algo e até comentei isto ontem à noite a estes colegas na saída: !se vocês levassem as implicações necessárias e lógicas das suas mensagens à sua devida conclusão ! quero dizer que se levassem os pensamentos abordados às conclusões lógicas ! esta mensagem seria absolutamente desnecessária. Ninguém que segui essas verdades às suas conclusões poderia duvidar a impecabilidade de Cristo. Todavia, é um assunto que é precioso para nossa consideração. Eu sou convicto que você não faz cristãos pela pregação do Cristianismo; você faz cristãos por pregar Cristo. Cristãos amadurecem, mesmo que devemos ensiná-los os princípios de comportamento piedoso. Certamente vocês entendem isso. Mas o mistério de piedade não é piedade na nossa parte, mas é a piedade na Pessoa de Jesus Cristo e crescemos como Cristãos pela aprendizagem crescente de Cristo, como diz o tema desta conferência. E todas as outras coisas que deveríamos ser ensinados e que devemos ensinar não têm a mínima importância até refletindo a imagem do Cordeiro de Deus somos transformados na Sua imagem. Portanto doutrina é importante. Estes pontos não são argumentações inúteis ou sendo contenciosos em pontos doutrinários desnecessários; são verdades valiosas para nosso crescimento na imagem do nosso Senhor Jesus Cristo.
Impecabilidade:
O significado em inglês da palavra impecável é: ser limpo, completo, consumado, sem defeito (Nota do Tradutor: impecável em português: Não sujeito a pecar; imaculável. Dicionário Aurélio Eletrônico - Século XXI ver. 3.0, nov 1999). Você provavelmente já sabe que ninguém realmente pode construir uma doutrina sem entender o significativo das palavras usadas na Escritura. Mas, não pode corretamente construir uma doutrina apenas pelo significado de palavras. As palavras isoladas não significam nada ! e eu não importo se for em grego ou hebraica ou inglês ou qualquer outra ! as palavras não têm significado definitivo fora do contexto em que se encontram, ou seja, a construção gramatical das frases. Então, quando falamos sobre a impecabilidade de Cristo, tratamos além de somente a Sua caráter quando perguntamos: Ele foi completo? Ele era sem defeito? Mas estamos tratando da pergunta: Cristo poderia ter pecado? Sei que este pode parecer algo acadêmico. Mas a realidade do assunto enquanto tratamos disto, o ponto tratado é: a capacidade hipotética de Cristo. Não há muita gente que afirmariam que Cristo pecou. Contudo eu lembro de um homem que disse Cristo pecou o Seu primeiro pecado quando tinha doze anos na ocasião que Ele não seguiu Seus pais de Jerusalém. Mais estúpido disso impossível. Mas não existem muitos que afirmariam que Cristo realmente pecou ou mesmo que Ele quase pecou, mas hipoteticamente dizem que poderia, então a  afirmação do meu assunto hoje é que era absolutamente, indubitavelmente impossível para Cristo a ter cometido pecado. Agora você sabe do que eu estou falando. Sabemos o alvo da mensagem. 
Argumentos para Pecabilidade
Então, quais são as razões afirmadas por aqueles que afirmam pecabilidade? Os argumentos que eu tenho ouvido vieram de uma lógica humana e afirmam isto: não teria glória na Sua inocência. Em outras palavras, argumentam a Sua inocência. Mas isto não é impecabilidade. Isto não é o que diz a doutrina Bíblica da impecabilidade de Cristo. A doutrina vai além disso e afirma que Ele nem tinha a capacidade. E eles dizem, !Mas se Ele não tivesse a capacidade, não teria glória na Sua perfeição?. Isto quer dizer que Ele lutou contra todos os pecados contra quais nós lutamos, e Ele venceu tal guerra. Louvado seja Deus! Temos a salvação nEle porque Ele lutou e venceu. Basicamente, isto é o argumento. Eles afirmarão que Ele foi tentado em todos os pontos como somos tentados, e se eles experimentam tentações e, presta atenção aqui, eles reconheçam que ! segue o meu pensamento cuidadosamente e não pula na frente de mim ! a capacidade de ser tentado não só implica, mas prova que temos uma falha inata. E isto está correto. Não é completa a argumentação, mas é correta até aquele ponto. Então eles argumentam isto. Não só este, argumentariam que sem a capacidade a pecar, ou em outras palavras, se Ele não tivesse a capacidade para pecar, a tentação seria inexistente e Ele não poderia Se compadecer com as nossas fraquezas como a Bíblia indica que Ele compadece. Eles também afirmam que se Ele não tivesse a capacidade a pecar, Ele realmente não tinha uma natureza humana, porque junto com a natureza humana há a capacidade de pecar. Pr. Justice claramente, também Pr. Smith, os dois, introduziram este assunto ontem à noite quando trataram do primeiro Adão e o último Adão. A diferença, ou o pensamento tratado aí por Paulo é que não estamos tratando da natureza caída de Adão quando pregamos sobre Cristo tornando carne. Mas eles não entendem isso. 
Há dezenas mais destas argumentações e, quero ser gentil quando digo que existem alguns pregadores que estão alunos apurados da Bíblia que absolutamente afirmam a pecabilidade de Cristo. Eu creio que eles são absoluto e inteiramente errados. É a minha opinião que eles tenham tal posição é porque têm lido livros demais antes que consultaram as suas Bíblias; ou seja, escolheram um livro escrito por alguém influenciado pelos homens, como Pr. Justice mencionou ontem à noite, que realmente duvidem a divindade de Cristo mas são eruditos e tenham a capacidade boa para produzir um livro.  Os outros absorvem aquele erro antes mesmo a entender o que a Bíblia ensina. Daqui para frente, lêem as suas Bíblias com uma mente preconceituosa. Eu não quero ser menos do que gentil, mas creio que essa avaliação é correta. 
Problemas com Pecabilidade
Agora, vamos examinar rapidamente alguns problemas com a idéia hipotética de pecabilidade. Em outras palavras, eles dizem que Cristo hipoteticamente poderia ter cometido pecado. E alguém outro dirá, !Bem, porque estamos estudando assuntos hipotéticos?? Bem, em essência, este é um caso hipotético e creio que o seu estudo é válido porque em quase todos os casos, o argumento não é que Cristo pecou, mas que hipoteticamente poderia ter cometido pecado. Portanto isso torna hipotético em si mesmo. 
A Profecia
Agora, deixa-me afirmar: qualquer pecado na parte de Jesus Cristo ! pense disto; é somente lógica, mas não há nada errada com lógica ! qualquer pecado na parte do Senhor Jesus Cristo violaria necessariamente centenas de profecias. Portanto a Escritura seria anulada e o Senhor afirmou que a Escritura não pode ser anulada, não pode ser anulada. Pensem das profecias que não seriam cumpridas se o Senhor Jesus Cristo teria cometido pecado. Eu estou tratando o problema com a hipótese que este povo apresentam. Não somente isto ! isto não é para confundi-lo, mas segue o meu raciocínio comigo ! se a ação foi possível, ou seja, qualquer ação de pecado, se fosse possível, necessariamente o evento ou a eventualidade dela seria possível. Presta atenção: neste caso, não seria consumada a obra da nossa salvação ! e está só consumada no Calvário ! mas ela seria indeterminada; a obra da salvação seria incerta. Está me seguindo? Se fosse possível para nosso Senhor ter cometido pecado, a certeza da salvação de todos os eleitos seria em dúvida e incerta até que Ele de fato tornou vitorioso das tentações que foram diante dEle. Em outras palavras, tal argumentação diria que a salvação não foi feita até a cruz, mas a própria salvação era incerta até a cruz. Não é a verdade? Qualquer outra conclusão é impossível, na minha opinião.
Os Tipos do Velho Testamento
Não somente isto, tratando do Velho Testamento ! ou seja, por exemplo: milhares de ovelhas imaculadas foram imoladas. Qual diferença seria se fossem imaculadas ou não? Uma ovelha morta é simplesmente uma ovelha morta! O que? Com certeza, não! O Senhor deu instruções exatas que este tinha que de ser um cordeiro do primeiro ano, um macho sem mancha e sem mácula. Por que? Foi por causa de ser o único tipo de cordeiro que poderia tirar os pecados dos filhos de Israel? Nenhum cordeiro tirou seus pecados. Não é possível que o sangue de touros e bodes tirassem pecados! Por que tinham que ser imaculados? Porque foram um tipo, ou a figura, do Senhor Jesus Cristo. Se tivesse pecado nEle, todos aqueles tipos, cada um sem exceção, teriam falhado. Isto é lógica hipotética. Eu entendo isso. Mas o assunto em pauta é hipotético em essência.  
O Que É Tentação?
Creio eu que é importante que reservamos um tempinho para tratar dos usos da palavra ?tentado?. É necessário, pois tentação é muito importante neste assunto. (Hebreus 4.15) Este grande sumo sacerdote que compadece-Se da nossas fraquezas foi tentado em tudo como nós. E eu penso que justamente aqui é o problema, não em definir a palavra corretamente, mas em nosso entendimento do próprio assunto de tentação. O que é tentação? Tem sido sugerido por alguns que a palavra aqui traduzida ?tentado? devia ser traduzida !provado?. Não fará diferença nenhum se damos um novo nome ao veneno. Chamando o veneno de canja será a mesma. Trocando ?tentado? pela palavra !provado? não ajudaria pois a verdade é que !tentar? significa: provar a fé ou virtude ou caráter pela indução a pecar. Isto é o que estamos tratando.
Tentação Objetiva
Tentação é objetiva e subjetiva. Segue o meu raciocínio, por favor. Quero fazer isto tão simples como posso, ou seja, o Diabo sai para tentar os homens e ele apresenta diante deles atrativos para fazer o que é vil. Mas estes atrativos a fazer bem ou mal, quaisquer que sejam, tem nenhum efeito a não ser em relação aquele que está dentro daquele homem. Está pegando a idéia do que estou falando? A natureza do homem vai ser o fator determinante se algo é uma tentação ou não. Por exemplo, alguém se refere a um certo prato de comida e dirão, !Não é uma tentação?? Todavia, aquele mesmo prato não é uma tentação a todos. Eu gosto de espinafre; mas alguns não gostam de espinafre. Eu gosto muito de brócolis; meu irmão mais velho não gosta de brócolis. Mas eu gosto de brócolis; mas existe alguns que não são tentados pelo brócolis. Eu gosto de brócolis. Especialmente quando tem muito queijo derretido nele. Está percebendo o que eu quero dizer? Mas existem alguns que não são tentados pelo brócolis. Em outras palavras, a nossa natureza faz a diferença. Sabe, existem pessoas que Deus entregou a um sentimento perverso e estes são tentados pelos assuntos acerca da homossexualidade. Mas contrariamente, eu me revolto, e posso tornar-me violento até ferir alguém pela simples sugestão deste assunto. Quando era moço, de vinte anos de idade, um homem sentou-se ao meu lado num cinema e começou a me tocar. Eu conheci este homem e não tive idéia nenhuma que era dessa persuasão. Ele me seguiu até o cinema e sentou-se ao meu lado. Eu virei a ele e afirmei claramente: !Se você me tocar de novo, eu te mato." Este levantou-se e saiu, que era uma boa idéia. Entende? Nem todos reagem desta maneira. Entendam, eu tenho uma natureza pessoal que se revolta por tais coisas. Todavia, como posso ser tentado por uma mulher, nunca posso ser tentado por um homem. 
Tentação Subjetiva
Agora o assunto da tentação não é somente objetivo, mas subjetivo. O Diabo ronda e procura objetivamente a tentar outros. Mas ele só pode incentivar ou somente pode sujeitá-los a si mesmo somente na medida que houver uma natureza que possa se submeter a tal provação. Está podendo seguir essa linha de lógica? 
O Senhor Jesus Cristo disse, !se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em mim?. Você pode afirmar o mesmo? Eu não posso. Amado, quando Satanás aparece, eu preciso orar! Isto porque ele pode achar todo tipo de fraqueza e falha comigo. Mas não no Senhor Jesus Cristo. Está vendo, quando a Bíblia afirma, !como nós, em tudo foi tentado? ela se refere a todas estes atrativos que Satanás apresenta diante nós, ele apresentou diante do Senhor Jesus Cristo. Mas! Existe uma natureza caída dentro de nós que não existe no Senhor Jesus Cristo. 
A Natureza Divina de Cristo
E agora chego a meu último e, creio eu, o ponto mais importante. Penso eu que a grande lição necessário está no entendimento da natureza do Senhor Jesus Cristo. Agora, quase todos que querem afirmar a pecabilidade de Cristo dirão: !Com certeza, não cremos que Cristo pudesse ter pecado na Sua natureza divina. Mas na Sua natureza humana que poderia ter cometido pecado." Este é o cerne do seu argumento. A encarnação não incluía o esvaziamento da Sua divindade imutável. Eu quero dizer disso de novo: A encarnação de Jesus Cristo em nenhuma forma, negava a Sua divindade imutável. Temos que de ser cuidadosos em nosso estudo, que sejam assuntos soteriológicos, proféticos, qualquer que sejam, temos que de ser cuidadosos a relacioná-los à pessoa de Deus. 
Deus é Imutável
Por exemplo, a os que fiquem dizendo: !Deus olhou no futuro e viu quem seria salvo." Por favor, amado, acorde! Deus não olha no futuro. Ele é onipresente. Ele está em todo lugar em todo o tempo. Ele também não aprenda nada pela observação como ?viu quem seria salvo? e baseado nisso fez uma decisão. Se estes amados gastaram tempo com Deus entenderiam melhor. E quando tratamos da divindade de Cristo, ou quando tratamos a natureza de Deus, devemos entender que um dos grandes atributos de Deus é imutabilidade! Ele não só não muda, como não pode mudar, pois Ele deve mudar para o melhor, que implicaria que Ele era imperfeito antes da mudança; ou Ele deve mudar para o pior, que implicaria que Ele tornou inferior à posição prévia. Ele tem que ser imutável pela Sua natureza divina. 
A União das Naturezas de Cristo
Agora, se isto for verdadeiro, quando Ele se encarnou, é completamente impossível para nós criarmos hipóteses que dizem que Ele poderia ter deixado ao lado qualquer atributo da Sua divindade. Somente se for possível para Jeová morrer ! e isto não é uma hipérbole ? somente na mesma medida que é possível o Jeová morrer, pode mudar a Sua divindade. Agora, alguém vai argumentar: !Mas este não importa, pois não estamos tratando a Sua pessoa como Deus, mas estamos tratando a Sua pessoa como homem." Vou tratar disso daqui um pouco.  
Com certeza, eu não sou um perito de qualquer forma quando tratamos esta união misteriosa (a união da natureza humana com a natureza divina) de Cristo. Às vezes brincamos entre nós que essa união misteriosa é algo além da nossa capacidade a entender, mas tal união é um fato. É um fato Bíblico. Neste homem que chamamos Jesus Cristo é ?Deus conosco?, !Jeová conosco?. Isto é o que verdadeiramente significa o Seu nome. Neste !Jeová conosco?, houve uma união da natureza de Jesus Cristo como homem e a natureza de Jesus Cristo como Deus. Houve uma união que não podemos ver, que não podemos tocar, que não podemos analisar, que não podemos definir; mas ela existe. É inconcebível e é anti-Bíblico que a natureza humana poderia de qualquer maneira violar a natureza divina. Ela não podia de qualquer forma alterar a natureza divina pois divindade é imutável. Estou enfático que isto não é possível. Então, quando tratamos disto, usamos I Timóteo 3:16: !E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade?. Como podemos aprender de Deus? !...Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória." Quem é o assunto aqui? Não está tratando de um conceito ou mera manifestação de Deus!  Está tratando uma Pessoa! Jesus Cristo. 
Mas o fato do assunto é que quando tratamos desta união, logo entendemos que ela vai além da nossa capacidade de analisar, a defini-la completamente, entender absolutamente tudo, mas mesmo assim, sabemos que existe uma união destas duas naturezas. O Apóstolo Paul afirmou: !Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado." De alguma forma, Paulo estava confessando: !eu tenho uma personalidade dupla." Eu não gosto de usar estes termos frequentemente pois hoje em dia os psicólogos fazem bastante bagunça destes termos. Todavia freqüentemente ouvimos pessoas honestas dizerem: !Parte de mim quer fazer isto, outra parte de mim quer fazer aquilo." Você já sentiu assim? Sabe por quê? É porque você é a descendência de Adão. Mas não é assim com Cristo. Ele não é descendência de Adão. Ele não tinha uma personalidade dupla. Eu não tenho tempo para confirmar tudo, mas nunca houve um momento na vida de Cristo quando parte dEle quis fazer uma coisa e parte dEle uma outra. Nunca. Mesmo que fosse homem, mesmo que fosse Deus, não existia conflito nEle. Não achará nada ao contrário nas Escrituras. Busque-o, acha-o, e me mostre e eu pedirei desculpas. Mas você não descobrirá nada nas Escrituras que apresenta Cristo em dúvida dizendo: !Eu não sei o que Eu vou fazer. Eu gostaria de fazer isto, mas também Eu gostaria de fazer??. Não existe isso nEle. Há união. É uma união misteriosa que vai além do meu entendimento. Ele era Deus manifesto na carne.
A Divindade Não Pode ser Comprometida
Preste bem a atenção e assenta isso como um princípio básico: deidade verdadeira não se compromete. Mas eu não estou dizendo se ela for comprometida ela cessa a ser deidade verdadeira. Existe uma diferença. Eu estou afirmando que deidade legítima não pode ser comprometida. É infalível. É imutável. Ela entende todas as eventualidades. Ela controla tudo. Está vendo, eu faço decisões que são erradas e às vezes tenho circunstâncias em dúvida; e tenho decisões quando quero fazer algo, mas às vezes tenho medo. Sabe por que? Porque existem tantas eventualidades que eu não posso controlar. Mas a mesma não é verdadeira com Deus. Existem tantas coisas cotidianas que eu não conheço, mas isto não é verdade com Deus. E existem tantas coisas das quais eu estou incerto, mas isto não é verdade com Deus. Você já fez algo e depois pediu desculpas? Deus nunca faz isso. Está vendo? A própria natureza de Deus impede toda a argumentação daqueles que promovem a possibilidade de Cristo a cometer pecado. Ele não é descendente de Adão. Pastor Laurêncio Justice tratou bem o assunto disto ontem à noite quando tratou da maneira que Cristo foi concebido no ventre de Maria. E, eu não sou um cientista. Eu tenho ouvido muitos argumentos deste assunto e eu estou maravilhado às vezes de algumas idéias apresentadas. Talvez seja do seu conhecimento de um artigo de M. R. De Haan sobre a composição química do sangue e multidões foram fisgados por este artigo. E eu até fiquei envergonhado quando alguns dos meus colegas promoveram esta idéia. Eu quero lhe dizer algo importante: tudo disso é além do nosso entendimento; e as afirmações que o M. R. DeHaan fez, nem eram de um ponto de vista médico. Não podem ser provadas de um foco médico. Mas a verdade é que tudo disso é além de nós. Ele não foi da geração de Adão; Ele foi o último Adão. Observe 1Co 15.45: !o último Adão em espírito vivificante." Adão foi feito alma vivente e !o último Adão em espírito vivificante?. Entende-se, existe uma diferença entre !vivente? e ?vivificante?. Por exemplo, eu sou uma alma vivente. Mas eu não sou nada vivificante pois ?vivificante? significa a capacidade ou envolvimento em ativar vida. Não um ?espírito vivificado? pois, isto seria igual à uma alma vivente, entende Cristo não  foi um espírito vivificado, mas um espírito vivificante. Este é um gênero completamente diferente. Cristo é o último Adão, Ele é Deus. Ele é feito na semelhança de Deus, até na Sua humanidade. O tempo não me permitirá a abrir este assunto e eu não devo, pois é um assunto diferente. Mas deixa me avançar a uma outra verdade. Adão ! preste bem a atenção ? sendo uma criatura foi absolutamente dependente na graça de Deus para manter a sua santidade. Eu estou sempre envergonhado quando escuto um pregador Batista afirmar publicamente, !Adão foi criado inocente." Obviamente Adão foi, e também foram todas as árvores no jardim e todos os cachorros e os passarinhos e tudo demais. O que importa o fato que Adão foi criado inocente? Dizem que Adão pecou porque Deus criou nele a capacidade de fazer uma escolha. Este raciocínio iguala a afirmação que gatos sobem nas árvores porque eles têm quatro pernas. Jumentas têm quatro pernas, também, mas elas não sobem nas árvores. É um argumento estúpido. É lógica desarrazoada. Adão foi criado positivamente santo. Como poderia Adão perder aquela santidade? Me ajude aqui um pouco. Ele caiu por pecar? Ou ele pecou caindo ou porque ele caiu? Agora, eu conheço a resposta desta porque a Bíblia me dá a razão, mas sem a Bíblia eu não poderia lhe dar uma resposta. A Bíblia diz de Judas que se desviou, ou seja pelo pecado o homem caiu (At 1.25; I Jo 3.4). Mas como pode um homem não caído cometer iniqüidade? Ou, se olhasse de forma diferente, como poderia ele ter caído sem pecar? Em outras palavras, você não pode descrever a origem de pecado. A não ser que você afirma isto: Deus criou Adão com o propósito de trazer a Ele um povo eleito que seriam salvos pelo sacrifício do Senhor Jesus Cristo. Eu entendo que esta idéia entra na área de lapsarianismo e entendo que a minha afirmação me colocaria do lado de supralapsarianismo, mas realmente não me importa tanto um quanto o outro, pois creio que estamos pensando além da nossa capacidade de raciocinar quando falamos deste assunto. Por isso, se eu for errado nem mesmo me faça nervoso. 
O Propósito do Decreto Eterno de Deus
Eu creio que Deus reteve a graça de Adão para Se glorificar pela redenção que está em Jesus Cristo. E eu creio que a Bíblia provaria isso se tivesse tempo a desenvolvê-lo. A Bíblia confirmará isso. O cerne do assunto é que, como este assunto desenrola, a queda de Adão foi decretado por Deus. Isto não quer dizer que Adão não era culpado. O decreto não justifica o seu pecado, mas a sua queda foi decretada por Deus. Se você não crê nisso, o problema é que você não entende os desígnios de Deus. O decreto de Deus inclui todos os eventos que virão a acontecer. Adão transgrediu porque foi decretado; por que o decreto de Deus incluiu a queda? Porque Deus fazendo isso nos mostra que somos dependentes totalmente na graça de Deus por tudo. Quero dizer, você cairia da graça depois de ter entrado no Céu se não fosse a graça de Deus. Se não existisse a natureza da graça não existiria a segurança eterna. 
Quem Peca São os Pecadores
Preste bem a atenção: Adão tornou um pecador por pecar. Você não torna um pecador por pecar. Adão sim, mas você não. Você peca por ser pecador. Agora se segue este princípio ? que você peca por ser um pecador; quer dizer, você faz o que você faz por ser o que você é. Agora pergunto: como Cristo poderia ter pecado se não fosse um pecador? Você entende o que estou afirmando. Em outras palavras, porque a própria natureza de Cristo de não ser pecadora nos afirma que Ele não poderia ter pecado. Jesus Cristo não poderia ter cometido pecado porque Ele não era a descendência de Adão. Ele era a descendência da Divindade. Escuta as Suas palavras a Sua mãe em Caná: !Mulher, que tenho eu contigo?? Você já quis saber o que esta frase significava? Eu não sei o que significava; quando você descobre, me diga. Mas eu acho que tem a ver com este assunto.
Conclusão
Grave isso na sua mente ! e eu estou terminando ? grave na sua mente a natureza de Cristo: Quem Ele foi; o que Ele era; O que Deus é; e, fazendo assim, necessitará a rejeitar a idéia de qualquer pecabilidade hipotética do nosso Senhor Jesus Cristo. Ele era o Cordeiro sem mancha e mácula. Ele era !o santo? que de Maria havia de nascer sem qualquer efeito e influência da natureza pecaminosa de Adão. Pastor Laurêncio Justice mencionou ontem à noite que seria tolice a pensar que Maria foi nascida sem pecado ou veio ao tempo de dar a luz sem ter cometido pecado. Eu concordo plenamente com ele. Ela era uma pecadora; Ele era o Salvador dela. Somente pecadores necessitam de salvadores. Portanto, a idéia que ela não era pecadora é tolice. Mas a verdade é, tanto mais se reconheça Quem Cristo é, quanto entenderá que é indubitavelmente necessário a impecabilidade absoluta. Obrigado por seu tempo.

Transcrito de cassete: Joy Ellaina Gardner 10/2006
Tradução: Joy Ellaina e Calvin Gardner 04/2007
Autor: Pr Forrst Keener
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

Crescimento da Igreja e Salvação

E POR AVAREZA FARÃO DE VÓS NEGÓCIO..." (2PE. 2.3)
Uma avalanche de métodos de crescimento de igrejas vem sendo divulgada entre líderes evangélicos, instruindo-os a tornar a sua igreja local próspera e grandiosa. É a igreja reinventada, transformada em negócio, onde a autêntica mensagem do evangelho está sendo substituída por um discurso de tolerância e fraternidade, distante dos valores bíblicos, sendo o pastor um facilitador, um mediador entre !prós e contras?, permitindo a conciliação em nome da !unidade?. A propósito, sugiro a leitura dos excelentes artigos publicados em !http://www.espada.eti.br/pragmatismo.htm?.

Essa preocupação seria plausível se a igreja realmente fosse uma empresa, um comércio administrado pelo pastor ou por um grupo de pessoas, como nas sociedades anônimas e companhias limitadas. Porém, a igreja - segundo o melhor conceito - é uma assembléia de gente salva, pessoas que compreenderam e aceitaram a mensagem de salvação bíblica pela soberana vontade de Deus, diferente do conceito moderno de clube eclesiástico que estão tentando imputar-lhe.
Àqueles que procuram fazer a obra de Deus segundo a metodologia humana devemos lembrar que, embora a salvação seja oferecida a todos, poucos são os efetivamente salvos em Cristo Jesus: !Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos? (Mt 22.14).
A Bíblia demonstra claramente que a Salvação pertence somente ao Senhor e que somente dEle vêm a fé e o arrependimento. No livro de Jonas está escrito: !Do Senhor vem a salvação? (Jn 2.9b). Esta afirmação guarda profunda simetria com toda a soteriologia bíblica, pela qual Deus nos elegeu livremente para a salvação antes mesmo da fundação do mundo (Ef. 1.3,4; II Ts 2.13; Ap. 13.8; etc).
É o Espírito Santo quem convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8); é Deus quem dá a fé (Ef. 2.8 e Hb. 12.2 c/c Jo. 6.64-65 e 1Co. 12.3) e o arrependimento (Atos 5.31, 11.18; Rom. 2.4; 2Co 7.9; 2Tm 2.25; etc.), ambos para a salvação. Assim, Deus faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade (Ef. 1.11; v. tb. Ef. 1.4-5; Tiago 1.18; Sal 115.3 e 135.6; etc.) e concede redenção a quem Ele quer, segundo a Sua infinita misericórdia (Jo 1.13, 6.37; Rm. 9.15-16; Ef. 2.1-10; Tt. 3.5; Tg. 1.18; etc.), sem, entretanto, desprezar a responsabilidade humana (Mt. 11.28; Jo. 5.40; Ap. 22.17; etc).
Uma vez entendido este assunto de difícil compreensão para muitos, que é a Salvação (2Pe 3.15-16; Rm. 11.33-36), podemos afirmar que nenhum esforço humano para levar as pessoas a Cristo terá sucesso sem a suprema volição de Deus, conforme os Seus eternos propósitos. ?Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam...? (Sl. 127.1).
O método bíblico é: !...Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura? (Mc. 16.15). Apenas os que crerem serão salvos (v. 16); porém a fé salvadora não é para todos, pois ninguém pode nascer pela vontade da carne, por desejo próprio (Jo. 1.12-13); !Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia? (Jo 6.44).
A tática de atrair pessoas às igrejas para ouvir coisas aprazíveis e participar de um culto adocicado e festivo não encontra respaldo bíblico. O pregador não tem a função de convencer a ninguém, mas apenas de pregar o que é reto, de levar a mensagem do evangelho a toda criatura. Pregando dessa forma, crerão todos quantos estão ordenados para a vida eterna (At. 13.48)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Refutando o Aniquilacionismo

Aniquilacionismo

É a crença de que os ímpios não irão viver uma eternidade de sofrimento no inferno, mas serão “extinguidos” após a morte. esta doutrina ensina que as almas dos ímpios em vez de serem enviadas, concientes, para o inferno eterno serão destruídas

Os aniquilacionistas apontam para referências bíblicas sobre o destino dos ímpios como “a segunda morte” (Ap 20.14) para apoiar sua teoria. Já que a pessoa perde a consciência deste mundo na primeira morte (morte física), argumenta-se que a “segunda morte” envolverá inconsciência no mundo por vir.
 Paulo disse:
... quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder,Como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder, (2Ts 1:7-9).
Uma outra versão do mesmo texto diz: quando 0 Senhor Jesus for revelado lá dos céus, com os seus anjos poderosos, em meio a chamas flamejantes. Ele punirá os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao envangelho de nosso Senhor Jesus. Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da majestade do seu poder.
Os aniquilacionistas insistem que a figura da “destruição” é incompatível com a existência contínua e consciente.
Os ímpios são descritos como reservados para a “perdição” ou “destruição” (2 Pe 3.7), e Judas é chamado “destinado à perdição” (Jo 17.12). A palavra perdição (apoleia) significa perecer. Isso, argumentam os aniquilacionistas, indica que os perdidos perecerão ou deixarão de existir.
Jesus disse sobre Judas, que foi levado para a perdição, que“melhor lhe seria não haver nascido” (Mc 14.21). Antes de uma pessoa ser concebida ela não existe. Então, se  inferno é igual à condição de pré-nascimento, deve ser um estado de inexistência dizem os aniquilacionistas.
Também em muitas passagens no Antigo Testamento se fala sobre os ímpios perecendo. O salmista escreveu: “Mas os ímpios, murcharão, perecerão; e os inimigos do Senhor como a beleza dos campos desvanecerão como fumaça” (Sl 37.20; cf. 68.2; 112.10). Para os aniquilacionistas, "Perecer", implica no estado de inexistência.
 
Porém, quando examinadas cuidadosamente em seu contexto, nenhumas das passagens acima comprova o aniquilacionismo. Em alguns pontos a linguagem pode permitir tal conclusão, mas em nenhum caso o texto exige o aniquilacionismo. Examinado em cada contexto e em comparação com outras passagens das Escrituras, o conceito deve ser rejeitado em todos os casos.
 
Separação, não extinção.
A primeira morte é apenas a separação entre a alma e o corpo (Tg 2.26), não a aniquilação da alma. As Escrituras apresentam a morte como separação consciente.
Adão e Eva morreram espiritualmente no momento em que pecaram, mas ainda existiam e podiam ouvir a voz de Deus (Gn 3.10).
Antes de sermos salvos, estamos “... mortos em [...] transgressões e pecados”(Ef2.1), e ainda assim trazemos em nós a imagem de Deus (Gn 1.27; cf. Gn 9.6; Tg 3.9).
Apesar de serem incapazes de chegar-se a Cristo sem a intervenção de Deus, os “espiritualmente mortos” estão suficientemente cônscios de que as Escrituras exigem que eles creiam (At 16.31), e se arrependam (At 17.30).
Consciência contínua, no estado de separação de Deus e de incapacidade para salvar-se — essa constitui a visão das Escrituras sobre a segunda morte.
 
Destruição, não inexistência.
Destruição “eterna” não seria aniquilação, que só dura um instante e acaba. Se alguém sofre destruição eterna, então deve ter existência eterna. Os carros num depósito de ferro velho já foram destruídos, mas não aniquilados. Eles sim- plesmente são irreparáveis ou, irrecuperáveis. As pessoas no inferno também.
Já que a palavra perdição significa morrer, perecer ou arruinar, as mesmas objeções se aplicam.
Em 2 Pedro 3.7: Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios".  A palavra perdição é usada no contexto de julgamento, claramente implicando consciência.
Na analogia do ferro velho os carros destruídos pereceram, mas ainda são carros. Nesse contexto, Jesus falou do inferno como depósito de lixo onde o fogo não cessaria e onde o corpo ressurreto de uma pessoa não seria consumido (Mc9.48).
Além dos comentários sobre a morte e perdição anteriores, deve-se observar que a palavra hebraica usada para descrever os ímpios perecendo no Antigo Testamento  (’ãvad) também é usada para descrever os justos perecendo (v. Is 57.1; Mq 7.2). Mas até os aniquilacionistas admitem que os justos não serão aniquilados. Sendo esse o caso, não deveriam concluir que os ímpios deixarão de existir com base nesse termo.
 
A mesma palavra (’ãvad)) é usada para descrever coisas que estão apenas perdidas e mais tarde são encontradas (Dt 22.3), 0 que prova que perdido não significa inexistente.
 
“Melhor lhe seria..."
Quando diz que teria sido melhor se Judas não tivesse nascido, Jesus não está comparando a perdição de Judas com a inexistência antes da concepção, mas com sua existência antes do nascimento. Essa linguagem figurada hiperbólica muito provavelmente indicaria a severidade do seu castigo; não é uma afirmação sobre a superioridade da inexistência sobre a existência.
Numa condenação paralela dos fariseus, Jesus disse que Sodoma e Gomorra se arrependeriam se tivessem visto os milagres dele (Mt 11.23,24). Isso não quer dizer que realmente teriam se arrependido, pois em tal caso Deus certamente lhes teria mostrado esses milagres — 2 Pedro 3.9. É simplesmente uma linguagem figurada poderosa que indica que seu pecado foi tão grande que “no dia do juízo haverá menor rigor para Sodoma” que para eles (Mt 11.24).
Além disso, o nada jamais poderá ser melhor que algo, já que não existe entre eles qualquer coisa comum por meio da qual compará-los. Então não-existir não pode ser realmente melhor que existir. Supor o contrário é um erro de categoria.
 
O que diz a Bíblia?
Além da ausência de qualquer passagem definitiva a favor do aniquilacionismo, vários textos apoiam a doutrina de castigo consciente eterno. Um breve resumo inclui:
O homem rico no Hades.
Ao contrário de parábolas que não têm personagens reais, Jesus contou a história de um mendigo real chamado Lázaro que foi para o céu e de um homem rico que morreu e foi para o Hades e estava em tormento consciente (Lc 16.22-28). Ele clamou:
“Pai Abraão, tem misericórdia de mim e manda que lázaro molhe a ponta do dedo na água e refresque a minha língua, por que estou sofrendo muito neste fogo”. Mas Abraão respondeu: “Filho, lembre-se de que durante a sua vida você recebeu coisas boas, enquanto Lázaro recebeu coisas más. Agora, porém, ele está sendo consolado aqui e você está em sofrimento” (v. 24,25).
O homem rico implorou que seus irmãos fossem avisados “a fim de que eles não venham também para este lugar de tormento” (v. 28). Não há indício de aniquilação nesta passagem; ele está sofrendo tormento constante e consciente.
 
O lugar de choro e ranger de dentes.
Jesus disse várias vezes que as pessoas no inferno estão em agonia constante. Ele declarou que “os súditos do Reino serão lançados para fora, nas trevas onde haverá choro e ranger de dentes” (Mt 8.12; cf. 22.13; 24.51; 25.30). Mas um lugar de choro é obviamente um lugar de tristeza consciente. Quem não está consciente não chora.
 
O lugar onde o fogo não se apaga.
Várias vezes Jesus chamou o inferno “lugar de fogo inextinguível” (Mc 9.43-48) onde os corpos dos ímpios nunca morrerão (cf. Lc 12.4,5). Mas não faria sentido haver fogo eterno e corpos desprovidos de almas para sofrer o tormento.
 
Um lugar de tormento eterno.
João, o apóstolo, descreveu o inferno como um lugar de tormento eterno, declarando:
O Diabo [...] foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta. Eles serão atormentados dia e noite, para todo o sempre (Ap 20.10).
 
O lugar para a besta e o falso profeta.
Exemplificando claramente que esses seres ainda estarão conscientes depois de mil anos de tormento no inferno, a Bíblia diz sobre a besta e o falso profeta que “os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre” (Ap 19.20) antes dos “mil anos” (Ap 20.2). Mas depois desse período “o Diabo, que as enganava, foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta” (Ap 20.10,). Eles não só estavam “vivos” quando entraram, como também ainda estavam vivos depois de mil anos de tormento consciente.
 
O lugar de castigo consciente.
O fato de que os ímpios “sofrerão a pena de destruição eterna” (2 Ts 1.9) implica que eles devem estar conscientes.
Não se pode sofrer penalidade sem existência. Não é castigo bater num cadáver. Uma pessoa inconsciente não sente dor.
A aniquilação não seria um castigo, mas sim um livramento de toda penalidade. Jó pôde sofrer algo pior que aniquilação nesta vida. O castigo dos ímpios no pós-vida teria de ser consciente. Doutra forma, Deus não seria justo, já que teria dado um castigo menor aos ímpios que a alguns justos, pois nem todos os ímpios sofrem tanto quanto os justos nesta vida.
 
O lugar eterno.
O inferno é descrito como tendo a mesma duração que o céu: “eterno” (Mt 25.41). Já que os santos são descritos como conscientemente alegres (Lc 23.43; 2Co 5.8; Fp 1.23), os pecadores no inferno estão concientes durante o castigo (cf. Lc 16).
 
Argumentos filosóficos a favor da aniquilação.
 
Além dos argumentos bíblicos, muitos aniquilacionistas oferecem razões filosóficas para rejeitar o castigo consciente e eterno.
Entretanto, da perspectiva teísta, a maioria delas nada mais é que uma variação do tema da misericórdia de Deus.
Os argumentos dos que negam o teísmo ou a imortalidade humana são vistos nesses respectivos artigos.
Os aniquilacionistas argumentam que Deus é um Ser misericordioso (Êx 20.6), e é desumano deixar que pessoas sofram conscientemente para sempre. Matamos animais encurralados quando não podemos retirá- los de compartimentos em chamas. Livramos outras criaturas de seu sofrimento. Os aniquilacionistas argumentam que um Deus misericordioso certamente faria o mesmo por suas criaturas.
 
Argumentos filosóficos contra a aniquilação.
 
misericordioso implica que ele é o padrão absoluto do que é misericordioso e moralmente correto. Na verdade, o argumento moral para a existência de Deus demonstra isso.
Mas se Deus é o padrão absoluto de justiça moral, não lhe podemos impor nosso conceito de justiça. A própria idéia de injustiça pressupõe um padrão absoluto, que os teístas atribuem a Deus.
A aniquilação rebaixa tanto o amor de Deus quanto a natureza dos seres humanos como criaturas morais. Seria como se Deus lhes dissesse: “Permitirei que sejam livres apenas se fizerem o que eu mandar. Se não fizerem, então eliminarei sua liberdade e existência!”. Isso seria como se um pai dissesse ao filho que esperava que ele fosse médico, mas, quando o filho decidisse ser um guarda florestal, o pai o matasse.
O sofrimento eterno é o testemunho eterno da liberdade e dignidade dos seres humanos, mesmo dos que não se arrependem.
Seria contrário à natureza dos homens aniquilálos, já que foram feitos à imagem e semelhança de Deus, que é eterno (Gn 1.27).
Os animais geralmente são mortos para que aliviemos sua dor. Mas (a despeito do movimento da eutanásia) não podemos fazer o mesmo com os seres humanos exatamente porque não são meros animais. São seres criados à imagem de Deus e, por isso, devem ser tratados com o maior respeito pela dignidade de portadores da imagem de Deus.
Não permitir que continuem a existir segundo destino que escolheram livremente, por mais doloroso que seja, é eliminar a imagem de Deus neles. Já que o livre-arbítrio é moralmente bom, fazendo parte da imagem de Deus, então seria um mal moral retirá-lo. Mas é isso o que a aniquilação faz: destrói a liberdade humana para sempre.
 
Além disso, eliminar uma criatura feita à imagem imortal de Deus é renunciar ao que Deus lhe deu — a imortalidade. Equivale, no caso de Deus, a atacar a própria imagem ao destruir seus portadores. Mas Deus não age contra si mesmo.
Castigar o crime de dizer uma meia-verdade com a mesma ferocidade que um genocídio é injusto. Hitler deveria receber um castigo maior que um ladrão comum, apesar de ambos os crimes afrontarem a santidade infinita de Deus.
Certamente nem todo julgamento proporcional ao pecado é executado nesta vida. A Bíblia fala sobre níveis de penalidade no inferno (Mt 5.22;Ap 20.12-14). Mas não há níveis de aniquilação. A inexistência seria a mesma para todos.
Outra freqüente objeção à eternidade do inferno feita pelos aniquilacionistas é que seria injusto se Deus punisse os incrédulos no inferno pela eternidade por causa de uma quantidade finita de pecado.
Como seria justo se Deus punisse durante a eternidade uma pessoa que viveu em pecado por, por exemplo, 70 anos?
A resposta é a seguinte: nosso pecado tem uma eterna conseqüência porque vai contra um Deus eterno. Quando o Rei Davi cometeu os pecados de adultério e assassinato ele disse: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos...” (Salmos 51:4).
Se Davi havia pecado contra Bate-Seba e Urias, como poderia afirmar que havia pecado apenas contra Deus?
Davi entendeu que todo pecado é derradeiramente contra Deus. Deus é um Ser eterno e infinito. Como resultado, todo pecado é merecedor de punição eterna. Um exemplo terreno disto seria comparar um ataque contra o seu vizinho com um ataque contra o presidente dos Estados Unidos. Sim, ambos são crimes, mas atacar o presidente resultaria em conseqüências muito piores. Quão mais terrível é a conseqüência acarretada pelo pecado contra um Deus santo e infinito?

Podemos ver claramente que a doutrina da aniquilação tem bases mais sentimentais que bíblicas. Apesar de haver expressões bíblicas que podem ser interpretadas de forma a apoiar o aniquilacionismo, não há nenhuma que seja necessariamente entendida dessa maneira. Além disso, várias passagens afirmam claramente que os ímpios sofrerão eterna e conscientemente no inferno.
 

Em relação à natureza do inferno
Aniquilacionistas não entendem o significado do lago de fogo. Obviamente, se um ser humano fosse lançado em um lago de lava, ele seria instantaneamente consumido. No entanto, o lago de fogo é um domínio tanto físico quanto espiritual.
Não é simplesmente o corpo de um humano sendo lançado no lago de fogo, é o corpo, a alma e o espírito de um humano. Uma natureza espiritual não pode ser consumida por fogo físico. Ao que tudo indica, os não-salvos são ressuscitados com um corpo preparado para a eternidade da mesma forma que os salvos (Apocalipse 20:13; Atos 24:15). Estes corpos estão preparados para um destino eterno.
A eternidade
Esse é outro aspecto que o aniquilacionismo falha em adequadamente compreender. Aniquilacionistas estão corretos quando dizem que a palavra grega “aionion”, que é traduzida como eterno, não significa eterno por definição. Ela se refere especificamente a uma “era” ou “eon”, um período de tempo específico.
No entanto, está claro que no Novo Testamento o uso de“aionion” é algumas vezes feito para se referir a um período de tempo eterno. Apocalipse 20:10 fala de Satanás, da besta e do falso profeta sendo lançados no lago de fogo e sendo atormentados “de dia e de noite, pelos séculos dos séculos”.
Está claro que estes três não são “extinguidos” por serem lançados no lago de fogo. Por que seria o destino dos não salvos diferente (Apocalipse 20:14-15)?
A evidência mais convincente para a eternidade do inferno é Mateus 25:46: “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna”. Neste versículo, exatamente a mesma palavra grega é usada para se referir ao destino dos injustos e dos justos.
Se os injustos são atormentados apenas por uma “era”, então os justos irão viver no Paraíso por apenas uma era. Se os crentes forem para o Paraíso para sempre, então os incrédulos irão para o inferno para sempre.
Ser “extinguido” depois da morte não é um destino a temer, mas uma eternidade no inferno definitivamente o é. A morte de Jesus foi uma morte infinita, pagando nosso débito infinito pelo pecado – para que nós não o tivéssemos que pagar eternamente no inferno (2 Coríntios 5:21).
Tudo o que temos a fazer é depositar nossa fé Nele e então seremos salvos, perdoados, limpos e receberemos a promessa de um lar eterno no Paraíso. Deus nos amou tanto para prover a nossa salvação. Se nós rejeitarmos Seu dom de vida eterna, nós iremos encarar as eternas conseqüências dessa decisão.
 
 
Evidências bíblicas a favor da imortalidade da alma.
 
1- Quando morremos nosso espírito sai do nosso corpo. 
"Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta."
Tiago 2:26
2-
Observe a descrição da morte de Rachel ... "E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu), chamou-lhe Benoni; mas seu pai chamou-lhe Benjamim.
A descrição da morte de Rachel mostra, claramente, que a alma e o corpo não são a mesma coisa. O corpo de Rachel estava morrendo, mas na hora da morte sua alma deixou o seu corpo.(isso já detona com o mito aniquilacionista que afirma que alma e corpo , são a mesma coisa).
Gênesis 35:18.
3- A morte do filho da viuva de Sarepta:
Este jovem foi levantado milagrosamente dentre os mortos,  Notamos aqui que era a mesma alma que o deixou com a morte e voltou para ele depois. Sua alma, portanto, não deixou de existir. A pessoa que Elias ressuscitou dos mortos era a mesma pessoa que estava viva antes da morte do corpo. Não era outra alma que foi dada ao corpo sem vida, mas a mesmo que foi concebido no ventre da viúva através da união dela e de seu marido. Se a alma fosse extinta na morte, como afirmam os aniquilacionistas, isso seria impossível.
1 Reis 17:21-22
4
O próprio Cristo claramente explica que Abraão, Isaque e Jacó ainda estão vivos, embora eles já tenham morrido. Esta foi a resposta do Senhor para os saduceus que não acreditavam na vida após a morte. Que prova mais clara poderia ser dada para a imortalidade da alma do que estes versos. Abraão, Isaque e Jacob estavam todos mortos (em seus túmulos), quando YHWH declarou-se como o seu Deus. Apesar de terem morrido neste mundo, seus espíritos continuaram a viver. Deus não poderia ser o Deus de pessoas extintas, aniquiladas ou dormentes.
Marcos 12:26-27  
5- Tertuliano, um antigo escritor bem disse neste versículo "Aqui temos o reconhecimento da imortalidade natural da alma, que não pode ser morta por homens" 
O homem é capaz de matar o corpo, porque é mortal, mas ele é incapaz de matar a alma que é imortal. Assim, ainda que o homem é mortal (sujeito à morte), há uma parte do homem que é imortal.
Mateus 10.28
6- Este incidente se refere à morte do filho nascido de Davi e Bate-Seba de relacionamento adúltero. Davi sabia que era impossível para o seu filho morto voltar à terra, mas declarou sob inspiração de que ele iria para ele. Isso não poderia acontecer se a criança fosse aniquilada ou dexa-se de existir depois de morta.  2 Samuel 12:22-23 
7- Moisés ainda está vivo, ele não poderia ser "transfigurado" (mudar de forma ou aparência) se o seu espírito fosse extinto com a morte. Obviamente, não era seu corpo que foi transfigurado, mas a sua Alma. Seus corpos ainda estavam sem vida no túmulo. Mateus 17:1-3 
8- O homem rico e o mendigo morreram e foram enterrados (em seus túmulos). nos versos 23-31 há uma discussão entre Abraão eo homem rico provando que os mortos estão conscientes. Muitos negam isso, dizendo que trata-se de uma parábola, no entanto, se for, parábola era uma história baseada em ocorrências familiares e factual, e não em contos de fadas. Lucas 16:19-31
9- Esse texto é muito usado pelos que negam a imortalidade da alma, mas infelizmente pra esses, o texto não sustenta a tese aniquilacionista, o contexto está discutindo sobre a futilidade do homem buscando o propósito da vida, sem uma crença em Deus. 
O argumento de Salomão é: "Se a realização do homem encontra-se apenas em coisas materiais da vida, então o homem não é melhor do que os animais. Aqueles que usam os versos acima raramente consideram o próximo verso que dá o contexto.
Quem conhece o espírito do homem que vai para cima, e o espírito da besta que desce para a terra? " --- Eclesiastes 3:21.... Salomão está dizendo que aqueles que vêem a vida sem o conhecimento e temor de Deus não consideram o fato de que o espírito do homem sobe para cima, para responder a Deus, enquanto que o espírito dos animais entra em extinção na sepultura.
 Eclesiastes 3:19-20
10- 
Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?
Essa promessa jamais poderia ser verdadeira no contexto aniquilacionista
 
João 11:25-26.
11
Isso explica a promessa acima, no 10, quando colocamos a nossa confiança em Cristo, nós nunca veremos a morte. Nosso corpo pode parar de funcionar, mas nunca haverá um momento em que poderia ser considerado morte. Não há sono da alma, embora o corpo morra.
João 8:51
12Nesta passagem, é evidente que há uma distinção entre o corpo e a alma. Na passagem de Mateus, embora a palavra "alma" (psuche) possa ser traduzido em uma série de maneiras, aqui ele está sendo usado aqui para descrever a pessoa real, a verdadeira vida imaterial e imortal 'alma'. E esta alma NÃO PODE ser destruído pela morte do corpo. Paulo chama esta nossa 'casa' feito pelo próprio Deus, e ele é claro em dizer que assim que estiver longe do corpo quer estar em casa com o Senhor. Essa certeza parece muito com o que Jesus disse na cruz. e isso seria impossivel dentro de uma visão aniquilacionista.
2 Corintios 5. 1-8
13
Paulo apresenta o seu conceito acerca da vida. Para ele, Cristo é a vida, ou seja, viver é estar com Cristo. A seguir, ele mostra que na sua opinião a morte, para o salvo, não representa nenhuma derrota, sendo até vantajosa. E com isso a tese aniquilacionista de sono da alma vai pra cucuias, pois de maneira alguma, Paulo acharia vantajoso estar dormindo inconcinete até a ressurreição!
Filipenses 1.21
14
Paulo chama o não morrer de viver na carne e assegura que se isso lhe concedesse oportunidade de produzir frutos, isto é, a oportunidade de fazer uma obra maior em prol do Reino de Deus, ele ficaria sem saber o que escolher. Ora, se ao NÃO MORRER ele chama de VIVER NA CARNE, naturalmente o morrer é, obrigatoriamente, o contrário disso; E o contrário de VIVER NA CARNE só pode ser VIVER FORA DA CARNE. O contrário de viver é morrer, mas o contrário de viver dentro duma certa casa não é morrer, mas, sim, viver fora dela.
 Filipenses 1.22
15 
Paulo diz que estava em aperto de ambos os lados, mas que desejava “partir para estar com Cristo”, por ser isto muito melhor. Depois da opção registrada no versículo 23, ele volta atrás no versículo 24, e decide por “ficar na carne”, o que equivale a dizer, NÃO ficar FORA DA CARNE, como já vimos.
Ora, é fácil vermos que o apóstolo rotula o não morrer de “VIVER NA CARNE” e “FICAR NA CARNE”. E à morte ele chama de “PARTIR” e “ESTAR COM CRISTO”. Finalmente, ele deixa bem transparente que o que ele chamava de PARTIR E ESTAR COM CRISTO não era uma referência ao arrebatamento da Igreja.
 
Filipenses 1.23-24
16 
No versículo 25, ele garante que não ia partir e, sim, ficar e permanecer com os irmãos, para proveito deles e gozo da fé. Ora, se ele estivesse se referindo ao arrebatamento da Igreja, ele teria mentido, pois já morreu e, portanto, não permaneceu conosco.
Cadê ele? Se ele não estivesse, no contexto, se referendo à morte e à vida quando disse que não sabia o que escolher entre viver na carne ou partir; e também quando disse que decidiu por ficar e que deste modo sabia que ficaria, ele não teria morrido e nem morreria nunca, pois pertenceria ao grupo de salvos que estará vivo no dia da vinda de Jesus (I Ts. 4.17); mas isso não aconteceu, visto ter ele morrido e, assim, podemos ver que para ele, morrer era viver fora da carne e partir para estar com Cristo.
Depois de tudo que já dissemos, ainda nos resta, juntamente com o leitor, analisarmos o versículo 26, no qual o apóstolo Paulo, depois de dizer no versículo 24 que julgava mais necessário, por amor aos irmãos, ficar na carne; e no versículo 25 que, por conseguinte, sabia que ia ficar, diz, no versículo 26, o objetivo disso: “Para que a vossa glória abunde por mim em Cristo Jesus, pela minha nova ida a vós”.
Está claro que o apóstolo Paulo está se referindo aí a não morrer tão cedo, mas FICAR com os irmãos por mais algum tempo para poder fazer a eles mais uma visita e, deste modo, contribuir para que a glória dos irmãos abundasse por seu intermédio, em Cristo Jesus”. Sim, o texto bíblico transcrito e analisado neste tópico prova cabalmente que Paulo chamou a morte de “partir para estar com Cristo”, o que prova que ele acreditava na realidade duma existência consciente entre a morte e a ressurreição.
Se Paulo estivesse se referindo ao arrebatamento, ele teria optado por não ser arrebatado para ser útil aos irmãos, o que é um absurdo.
 Filipenses 1.25-26
17
Paulo chama o nosso corpo de “casa terrestre deste tabernáculo” e assegura que se ele se desfizer, receberemos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos (isto é, não desta criação, ou seja, não feita pelo homem), diz que este edifício é uma casa eterna e ainda dá o seu endereço: ela está nos Céus.
Ora, quando é que a “casa terrestre deste tabernáculo” se desfaz? Porventura não é quando se morre? Paulo não está aqui se referindo ao arrebatamento da Igreja, pois no arrebatamento os nossos corpos não serão destruídos, pois subiremos ao Céu em corpo, alma e espírito.
Os corpos dos cristãos que estiverem vivos, quando do arrebatamento da Igreja, não serão destruídos, mas, sim, transformados (1Ts 4.13-17; 1Co. 15.51-52). Sem dúvida alguma, o apóstolo Paulo estava se referindo à morte, quando escreveu ensinando acerca das conseqüências da destruição da “casa terrestre deste tabernáculo”.
Nos versículos 2-5, o apóstolo confessa que nós gememos, desejando muito ser revestido da nossa habitação que é do Céu, e acrescenta que foi Deus, o qual nos deu o penhor do Espírito Santo, quem nos preparou para isto.
2 Corintios 5.1
18
Paulo diz que enquanto estamos presentes no corpo estamos ausentes do Senhor; daí podermos deduzir que quando não estivermos presentes no corpo, estaremos na presença do Senhor. Perguntamos: Que é estar presente no corpo? Não é estar vivo? Se sim, quando estivermos ausentes do corpo, ou seja, quando morrermos, estaremos presentes com o Senhor. Isto é óbvio, porque, “se enquanto presentes no corpo, estamos ausentes do Senhor”, necessariamente, quando não estivermos presentes no corpo, estaremos presentes com o Senhor. Claro como a luz do dia.
2 Corintios  5.6
19
Paulo abre parênteses para explicar o porquê dele haver dito que enquanto estamos presentes no corpo estamos ausentes do Senhor. O porquê disso é: “Andamos por fé e não por vista”.
Ora, do fato do apóstolo afirmar que enquanto estivermos presentes no corpo, isto é, enquanto não morrermos, como já vimos, estamos ausentes do Senhor, se subentende que, quando estivermos ausentes do corpo, estaremos presentes com o Senhor. E o fato dele haver dito entre parênteses que o motivo pelo qual ele disse que enquanto estamos no corpo estamos ausentes do Senhor é “porque andamos por fé e não por vista” revela que, quando estivermos ausentes do corpo, deixaremos de andar por fé e passaremos a andar por vista, ou seja, então veremos as coisas nas quais agora apenas cremos.
Isto fala duma existência consciente, e que os mortos estão com suas faculdades mentais em perfeito funcionamento; sim, o apóstolo não poderia dizer que quando um cristão morre deixa de andar por fé e passa a andar por vista, se o nosso verdadeiro “eu” não sobrevivesse à morte do corpo.
2 Corintios 5.7
20 
Paulo diz sem rodeios que desejava deixar o corpo para habitar com o Senhor. Ora, o que é “estar ausente deste corpo” ou “deixar este corpo”, como o diz o ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA, “para estar presentes com o Senhor”?
Já vimos, enquanto estudávamos juntos o versículo 1, que quando do arrebatamento da Igreja, não deixaremos os nossos corpos; logo, o apóstolo estava se referindo à morte, quando diz que desejava deixar o corpo para habitar com o Senhor. É possível raciocinar e chegar a uma conclusão contrária?
 2 Corintios 5.8
 
Fonte: Enciclopédia de Apologética. Norman Geisler