sexta-feira, 3 de abril de 2015

A Função e o Dom Pastoral

A função e o dom pastoral

*Discurso apresentado na ocasião da formatura da Turma 2012 de Bacharel em Teologia da Faculdade Teológica Batista de São Paulo

A função e o dom pastoral

UFA! Depois de quatro curtos anos, terminamos o início de nossa jornada teológica. Sim, a maioria de nós achou que quatro anos demorariam uma eternidade; mas não foi isso que aconteceu, não é mesmo?
Entramos achando que sabíamos muita coisa, e saímos com a certeza de que há muito a se aprender ainda. Neste tempo na Faculdade Teológica Batista de São Paulo deram-nos um GPS teológico e nos ensinaram a mexer nele. Aprendemos alguns comandos, aprendemos algumas rotas; mas, a partir de agora, caberá a cada um de nós, com a ajuda de Deus, descobrir outros recursos para traçar nosso caminho.
Ao longo desses quatro anos todos nós enfrentamos problemas financeiros, logísticos e familiares e até mesmo espirituais; grande foi a nossa luta. Sem contar o tempo escasso para fazer todos os trabalhos de todos os professores, cuidar da nossa família, desenvolver nosso ministério e ainda por cima trabalhar o dia todo. Porém, a despeito de todos estes desafios o maior deles certamente foi ter nossa fé confrontada e nossa espiritualidade testada. Tivemos que fazer escolhas que nos acompanharão pelo resto de nossas vidas.
Nossa turma certamente era diferenciada, e já pudemos sentir o clima logo no primeiro semestre, quando levamos uma bronca federal do diretor por termos acabado com a tinta da impressora dele, quando precisou imprimir alguns e-mails que trocamos sobre a participação de grupos de outras denominações em nossas igrejas. Em meio aos debates acalorados nossa amizade se fortalecia, e fomos descobrindo que podemos conviver com as diferenças de opiniões sem que isso influenciasse os nossos relacionamentos.
Nossa turma tinha alunos comediantes, sérios, compenetrados, dorminhocos, alunos que perguntavam as coisas e se desviavam do assunto, alunos que saiam da sala quando não concordavam com alguma coisa; alunos que ficavam bravos com os professores que seguravam a turma até às 22h46min. Havia alunos modernos, pós-modernos e até mesmo pré-modernos. Aprendemos muito uns com os outros.
Com alguns pudemos dividir nossas angústias, medos e temores. Aprendemos com alguns professores a interceder uns pelos outros. Dividimos também as alegrias e bênçãos. Quantos não perderam seus empregos e oramos? Quantos não estavam com problemas em suas famílias e receberam conforto e consolo? [trecho omitido por apresentar características pessoais da turma]
Certamente ganhamos amigos e irmãos para a vida toda. Espero sinceramente não ter que chama-los de “nobre colega” quando for visita-los em suas igrejas ou em algum evento comum; mas espero chama-los simplesmente de “amigo”. Indubitavelmente precisaremos uns dos outros durante nossa jornada, pois entendo não ser possível cumprir o ministério se não houver camaradagem e companheirismo enquanto carregamos a carga uns dos outros. Não precisamos fazer parte da assombrosa estatística sobre a grande solidão que os pastores e líderes eclesiásticos enfrentam por não terem amigos ou a quem recorrer nos momentos de aflição e desespero.
Uma das cargas mais pesadas que podem pesar sobre nossos ombros é a tentação de querer ter todas as respostas para todas as angústias humanas. Devemos nos lembrar de que não somos gurus, nem temos um acesso diferenciado a Deus, mas fomos chamados para treinar os santos para que cada um desenvolva seu próprio ministério. Experimentar o poder libertador da frase “Não sei” é uma das experiências mais gratificantes, pois nos abre um caminho plano até Deus e ali podemos deixar nossas preocupações e angústias sabendo que é ele quem cuida e dará a provisão necessária.
O “não sei” também nos liberta de sermos indispensáveis. Não faz parte do nosso ministério tornar as pessoas dependentes de nossas opiniões, dependentes de nossas ideias ou dependentes de nossa práxis. É certo que somos formadores de opinião, mas temos de dar asas às pessoas e incentivá-las em seu próprio caminho e ministério. Daremos conta daquilo que ensinarmos e não daquilo que cada um fez com o que foi ensinado.
Outra carga pesada que pode encurvar nossas costas e desviar nossos olhos do verdadeiro alvo é querer ser relevante o tempo todo ou querer o sucesso. Evidentemente Deus não nos chamou para o sucesso, mas para sermos fiéis despenseiros de sua palavra. John Stott ressalta que o despenseiro deve ser digno de confiança e não ser relevante ou famoso.
Nosso chamado não deve ser confundido com a atribuição de um título, pois a nossa função na e para a Igreja não terá valor algum se desconsiderarmos os dons espirituais. E creio que Paulo, em Efésios 4:11, não esteja se referindo a ofícios ou títulos, mas aos dons espirituais de cada membro do corpo de Cristo. E, uma vez que Paulo refere-se a dons e não a títulos ou funções, não creio que devamos ter ou buscar qualquer tipo de primazia na igreja. Devemos estar abertos a recebermos críticas e sugestões como qualquer outro membro de nossa comunidade; e não devemos achar que nossa palavra seja mais inspirada ou infalível do que a dos demais membros.
Conquanto nossa função na igreja tenha algum destaque, nosso dom nos coloca em igual posição a todas as pessoas diante de Cristo. Temos que nos lembrar de que o chamado é para todos os cristãos e não apenas do líder eclesiástico. E não há na Bíblia nenhuma diferenciação entre os dons, pois todos são distribuídos graciosamente por Deus a todos os cristãos. Portanto, nossa tarefa como líderes, é indicar e treinar os cristãos para o exercício dos seus dons a serviço da Igreja do Senhor e da sociedade.
Não nos esqueçamos de que parte da nossa tarefa será o exame constante do grego, do hebraico, dos livros de hermenêutica e exegese, do contexto histórico e teológico; mas tenhamos em mente que deveremos estar atentos aos jornais, à internet, aos questionamentos e inquietações do nosso povo e dar-lhes o consolo e alento que apenas a Palavra viva e penetrante do Senhor pode dar.
Que as ruas e becos sejam a extensão dos nossos púlpitos e nossas comunidades estejam além das paredes para estarem nas casas e nos abrigos. Que a nossa alegria e alvo ministerial não estejam fundamentados nas aquisições da Igreja, nem no aumento do templo, nem no aumento das receitas, nem em nossa carreira eclesiástica e espiritual ou em qualquer outra meta numérica que nos faça perder o verdadeiro alvo: que não é um número ou estatística, mas é o caráter de Cristo formado em cada cristão que cumpre seu chamado e exerce o seu ministério, para a glória do Senhor Jesus.
Que Deus nos ajude e nos capacite a sermos irrepreensíveis, firmes e constantes em nosso chamado para o treinamento e capacitação do chamado de todos os cristãos.



Perguntas e Respostas sobre Vida Cristã

pergunta-biblica

PERGUNTA: UM CRENTE FIEL NÃO PODE ADOECER?
RESPOSTA: “O propósito de Deus para cada crente é que viva completamente livre de enfermidade ou dores. Fica a seu critério se quer viver assim ou não. Assim é que quando o crente se mantém sofrendo com dores físicas, não tem ninguém a culpar senão a si mesmo; e “todo cristão deve esperar viver uma vida plena, isenta de doenças” e viver de 70 a 80 anos, sem dor ou sofrimento. Quem ficar doente é porque não reivindica seus direitos ou não tem fé. E não há exceções” (Pieratt, p. 135).
RESPOSTA APOLOGÉTICA: “No mundo tereis aflições” (Jo. 16.33). Paulo viveu doente como lemos em Gálatas 4.13 “E vós sabeis que primeiro vos anunciei o evangelho estando em fraqueza da carne”. ICoríntios 4.11 “Até esta presente hora sofremos fome, e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa”. Seus companheiros adoeceram: Filipenses 2.25-27 “Julguei, contudo, necessário mandar-vos Epafrodito, meu irmão e cooperador, e companheiro nos combates, e vosso enviado para prover às minhas necessidades. Porquanto tinha muitas saudades de vós todos, e estava muito angustiado de que tivésseis ouvido que ele estivera doente. E de fato esteve doente, e quase à morte: mas Deus se apiedou dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza”. ITimóteo 5.23 “Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades”. IITimóteo 4.20 “Erasto ficou em Corinto, e deixei Trófimo doente em Mileto.

PERGUNTA: SER POBRE É UMA MALDIÇÃO?
RESPOSTA: “Pobreza é uma maldição e não uma bênção. Nenhuma pessoa normal deseja que o seu filho seja pobre e miserável”.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Assim como a riqueza nem sempre é uma bênção, como lemos em Mateus 19.23“Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus”, pobreza não é maldição. Marcos 14.7 “Porque sempre tendes os pobres convosco, e podeis fazer-lhes bem quando quiserdes; mas a mim nem sempre me tendes”. Segundo as Escrituras, os que desejam ser ricos caem em tentação, laço e muitas concupiscências: ITimóteo 6.7-10 “Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. Tiago 2.5“Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?”

PERGUNTA: PODERIA INDICAR ALGUMAS SUPERSTIÇÕES CAMUFLADAS?
RESPOSTA: “A ROSA UNGIDA. As pétalas dessa rosa servirão para unir o casal. As pétalas desta rosa serão luz para iluminar seus passos. As pétalas desta rosa serão pontos de contato espiritual para libertação de vícios e macumbarias As pétalas desta rosa trarão prosperidade para os seus negócios. ESTA ROSA DENTRO DA SUA CASA SERÁ A PRESENÇA DE JESUS NO SEIO DE SUA FAMÍLIA”.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Há igrejas que ensinam que a fé precisa ser despertada através do uso de um toque físico, algo que venha a produzir ou despertar a fé. No entanto, a Bíblia define fé nos seguintes termos: Hebreus 11.1 “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem”. Se a fé é a prova das coisas que não se vêem, ao usar um objeto visível para despertar a fé, na verdade, está se fazendo uso de superstição, que é a transferência da fé em Deus, que não se vê, para um objeto que se vê: Hebreus 11.6 “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”. A fé é transferida de Deus para um objeto que se vê, como essa rosa, que é ungida para abençoar a casa e seus familiares. Essa prática é conhecida nas crenças populares como amuletos ou talismãs.
“SAL UNGIDO. Um dia muito sofrida/ Estava passando mal/ Cheguei já quase sem vida/ Na Igreja universal. Recebi uma oração/ Que expulsou todo o mal/ Ao terminar a reunião./Ganhei um saquinho de sal. O sal que foi consagrado/ E cheio de poder./ Para que quando fosse usado/ Todo o vício combater. Coloquei-o na comida/ E logo após o jantar/ Eu acendi um cigarro/ Mas não consegui fumar. No Despertar da Fé, março1983. Poema”.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Jesus ensinou que conhecê-lo seria conhecer a verdade e em seguida a libertação dos vícios. João 8.31-32 “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

PERGUNTA: EXISTE REDENÇÃO NO INFERNO?
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Não. Jesus concluiu a obra da redenção na cruz e não no inferno.
João 18.30 “E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito”.
Colossenses 2.14-16 “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo”.
IPedro 2.24 “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados”.
Ademais, nossa redenção não foi paga ao Diabo, mas a Deus: Efésios 5:2 “E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave”. O Diabo vai ser lançado no inferno mas não está no inferno. Apocalipse 20.10 “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”. Hoje ele povoa os ares com os demônios e precisamos estar com todas as armaduras de Deus para vencê-los. Efésios 6.12 “Porque não temos que lutar contra a came e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”.

PERGUNTA: É CORRETA A AFIRMAÇÃO ‘TODAS AS RELIGIÕES SÃO BOAS E NÃO FAZ DIFERENÇA PERTENCER A QUALQUER UMA DELAS’?
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Jesus, quando esteve entre os homens na terra, não disse que todas as religiões são boas. Pelo contrário, disse que há duas portas e dois caminhos que levam a fins opostos (Mt. 7.13-14). Muitas coisas feitas em nome da religião não são aprovadas por Deus: prostituição sagrada, poligamia, invocações de mortos, idolatria, feitiçarias, proibições de vacinas, de transplantes de órgãos e transfusão de sangue, além de sacrifícios de crianças a demônios que ocasionam mortes em nome de Deus.
João 16.1-2 “Tenho vos dito estas coisas para que vos não escandalizeis. Expulsar-vos-ão das sinagogas: vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus”. ICoríntios 10.19-20 “Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios. Todos esses caminhos conduzem à morte. Somos resgatados pelo sangue de Jesus derramado no Calvário”.
IPedro 1.18-19 “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”.

PERGUNTA: É POSSÍVEL O HOMEM SE DEIFICAR?
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Não Todas as doutrinas que divinizam o ser humano repetem, de alguma forma, a mentira de Satanás registrada em Gênesis 3.5 “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal”. Sabemos que ao invés de se tornarem como Deus, Adão e Eva caíram em pecado e foram expulsos do Jardim do Éden:
Gênesis 3.17-19 “E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos e cardos também te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás”.
Jesus ensinou em Marcos 12.29 “E Jesus respondeu-Ihe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o SENHOR nosso DEUS é o único Senhor”.

PERGUNTA: SATANÁS CARREGA NOSSOS PECADOS?
RESPOSTA APOLOGÉTICA: – Não. Afinal, de quem estava profetizando Isaías quando, em 53.4-12 do seu livro, fala de alguém que carregou nossas iniquidades? “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
Isaías 53.11 “Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si“. Isaías não falava de Jesus? Ou profetizava sobre Satanás? E o apóstolo Pedro falou de quem, quando escreveu:
IPedro 2.24 “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados”.

PERGUNTA: PODERIA COMENTAR UMA FRASE DO LIVRO CHUVAS DE NECTARIAS – DOUTRINAS KANRO NO HOOU, DA SEITA ORIENTAL SEICHO-NO-IÊ, QUE DIZ “JÁ NÃO EXISTE ‘HOMEM PECADOR’. ‘ISSO É MENTIRA!” (p.12)?
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Em IJoão 1.8 lemos “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”. 1João 1.10 diz “Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”. Diz mais a Bíblia, que os homens tornam-se filhos de Deus quando aceitam Jesus como seu Salvador pessoal João 1.12 “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome”.
IJoão 3.1-2 “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não conhece a ele. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos”.
IJoão 3.8 “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou”.

PERGUNTA: QUAL A SEITA QUE ENSINA A DOUTRINA DO “SONO DA ALMA”? ESSA DOUTRINA É BÍBLICA?
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Os Adventistas do Sétimo Dia ensinam que a morte física é um sono que acontece entre a morte e a ressurreição do corpo, durante o qual a alma dorme inconsciente na sepultura. Mas a Bíblia diz que o corpo dorme na sepultura não a alma, que se separa do corpo. Mateus 27.52 “E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados”. O ensino bíblico sobre o estado intermediário entre a morte física e a ressurreição é de consciência da alma. Os salvos, em plena consciência, usufruem do descanso Lucas 16.22 “E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão”. Lucas 23.42-43“E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”. IICoríntios 5.6-8 “Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor, mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor”. Os ímpios por outro lado, estão em tormentos no Hades ou inferno: Lucas 16.22-26 “…e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.

Desenvolvimento Histórico do Cristianismo

Todo cristão deve buscar na História da Igreja as origens para a defesa de sua fé, já que o Cristianismo é uma religião histórica e apela para os fatos da história como argumento comprobatório de sua veracidade. A apologia – um dos ramos da teologia – divide-se em várias categorias, e uma delas é a apologia histórica donde se extrai as evidências para provar a singularidade empírica da religião cristã. É de suma importância o cristão conhecer a História de sua religião: os primórdios, as glórias e vicissitudes pela qual passou. Sem um conhecimento básico dessa história muitas doutrinas seriam de difícil compreensão.
A Igreja é muito mais que uma instituição religiosa organizada, é a história de um povo salvo através do sacrifício de um Deus de amor e sua missão. É a prova viva da ação Divina na história da humanidade – Deus se manifesta e intervém no espaço-tempo em prol do seu povo peregrino e escolhido.
A Igreja foi forjada pelo sangue de seu fundador e regada pelo sangue de seus santos. Construiu sua história em meio às terríveis perseguições imperiais e as abomináveis heresias daqueles que diziam ser seus líderes. Entre a corrupção de uns e a glória e ardor de outros, ela prossegue através dos séculos, vitoriosa, pois aquele que disse “as portas do inferno não prevaleceriam contra ela” é o seu sustentador e único alvo a ser almejado.
Esta é a historia da igreja cristã, uma história de lágrimas, sangue, e dedicação à causa de seu fundador – Jesus Cristo. Por isso é de primordial importância o estudo da História da Igreja Cristã, não só para os alunos de teologia, mas para todo cristão que queira conhecer suas origens.

Os Primórdios

Para compreendermos melhor a razão do nascimento de Cristo na época dos césares e a difusão do cristianismo apostólico, teremos de primeiro atentar para o contexto histórico: socio-cultural, político e religioso no período do primeiro século da era cristã.
Muitas foram as contribuições do antigo mundo para a chegada de Cristo e sua doutrina. Ao estudarmos os períodos anteriores à vinda do messias percebemos a providência divina ao preparar o cenário para a chegada de seu plano de salvação. O ambiente histórico em que Cristo surgiu cooperou de modo colossal para a disseminação do evangelho. Dentro desse período três povos merecem destaque pela sua rica contribuição: os Judeus, os Romanos e os Gregos. Daremos resumidamente um perfil destas contribuições.

Os judeus:
 A mentalidade religiosa judaica da espera iminente de um messias, facilitou a aceitação da mensagem de Jesus como o messias prometido. Outro fator importante de contribuição foi o monoteísmo rígido herdado da religião mosaica com sua alta ética moralista baseada na lei de Moisés. Assim o mundo religioso de então estava preparado psicologicamente para chegada de um messias.

Os romanos:
 O império romano dominava o mundo na época em que Cristo nasceu. A extensão do império tendo como conseqüência a unificação dos povos facilitou a difusão da mensagem cristã. Outra contribuição foi proporcionada pela infra-estrutura das estradas e cidades romanas. Com o anexo de novas terras através do desbravamento do exército romano, foi fácil a disseminação do evangelho em terras estrangeiras. O latim e o grego eram línguas universais e facilitava a transmissão das boas novas.

Os gregos:
 Sem dúvida uma das inestimáveis riquezas legadas pelos gregos foi sua língua. Tanto é, que todo o NT foi escrito em grego. Além disso, as idéias de seus famosos filósofos levaram o povo a inquirir sobre os mistérios da vida: sobre o ser, sobre Deus, razão e propósito de nossa existência, etc. O evangelho oferecia respostas sensatas para todas essas questões intrigantes.
Enfim, todas essas contribuições juntas forneceram o ambiente propício para a chegada do Filho de Deus. Uma época impar, predestinada como nem outra em toda a história.

A Grande Comissão uma Missão inacabada


Referência: Mateus 28.18-20
INTRODUÇÃO
1. O método de Cristo é a igreja
A estória: Quando Cristo terminou sua obra, e chegou ao céu, os anjos o receberam com exultante celebração. Um anjo perguntou-lhe: “Senhor, tu consumaste a obra da redenção, mas quem vai contar essa boa nova para o mundo inteiro?” Jesus respondeu: “Eu deixou doze homens preparados para essa tarefa”. Retrucou o anjo: “Mas, Senhor, e se eles falharem?”. Jesus respondeu: “Se eles falharem eu não tenho outro método”.
2. O tempo de agir é agora
Todos os quatro evangelistas deram ênfase à grande comissão. Lucas a repete no livro de Atos.
As últimas palavras de uma pessoa, são as mais importantes e urgentes. Essas foram as últimas palavras de Cristo.
Os campos já estão brancos para a ceifa. O tempo é agora.
3. A grande comissão envolve toda a igreja
O Congresso de Lausane definiu: “O propósito de Deus é o evangelho todo, por toda a igreja, em todo o mundo, a toda criatura”.
Você foi alistado para fazer parte dessa maior missão de resgate do mundo: Não do Katrina, não dos acidentes naturais, mas do maior acidente cósmico: a queda. Não de uma tragédia temporária, mas da perdição eterna.
I. A COMPETÊNCIA DO COMISSIONADOR – v. 18
Jesus tem toda autoridade (versão atualizada).
Jesus tem todo poder (versão corrigida).
Exemplo: o caminhão com 30 toneladas e o guarda. O caminhão tem poder, o guarda tem autoridade. Jesus tem poder e autoridade.
Esta declaração mostra que quem dá a ordem tem autoridade e competência para fazê-lo.
Isto tem duas implicações:
a) É condição básica de êxito sabermos que o nosso Deus é o maior – É esta certeza inabalável que nos dará as condições de enfrentar o inimigo e as circunstâncias adversas sem temer e sem vacilar.
b) Qualquer ordem dada pela autoridade máxima do universo exige atenção e respeito total – Ao proferir a ordem Jesus quer ser obedecido de forma clara, completa e urgente.
II. O CERNE DA GRANDE COMISSÃO – v. 19
Todos os verbos estão no gerúndio, mas FAZER DISCÍPULOS é uma ordem.
a) Jesus não mandou fazer fãs – quem precisa de fãs são os artistas.
b) Jesus não mandou fazer admiradores – Atores e jogadores de futebol é que buscam admiradores.
c) Jesus não mandou apenas evangelizar e ganhar almas, abandonando os bebês espirituais – Ele quer discípulos.
d) Jesus não mandou apenas recrutar crentes e encher as igrejas de pessoas – Ele quer convertidos maduros.
Um discípulo é um seguidor. Isso implica: 1) Fazer do Reino de Deus seu tesouro; 2) Renunciar tudo por amor a Jesus; 3) Isso significa guardar as palavras de Jesus.
Hoje temos muita adesão e pouca conversão. Temos grande ajuntamentos e pouco quebrantamento. Temos igrejas cheias de pessoas vazias de Deus e vazias de pessoas cheias de Deus. Temos grandes multidões de buscam as bênçãos, mas não a Deus. São religiosos, mas não discípulos de Cristo.
III. O ALCANCE DA GRANDE COMISSÃO – v. 19
“Fazei discípulos de todas as nações”.
A palavra nações é etnias. Onde houver um povo, com sua língua, cultura, raça, etnia ali o evangelho deve chegar. Ali Deus comprou com o sangue de Cristo aqueles que devem ser chamados e discipulados.
O coração de Deus pulsa pelo mundo todo.
Deus disse a Abraão: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”.
Apocalipse 5:9 diz que Deus comprou com o sangue do Seu Filho os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.
A leitura errada de Atos 1:8: Não é primeiro aqui, depois lá. Mas tanto quanto, ou seja, concomitantemente.
IV. AS IMPLICAÇÕES DA GRANDE COMISSÃO
1. Envolve a integração dos novos convertidos – v. 19
A igreja é importante.
Não existe crente isolado, fora do corpo. Não existe ovelha fora do rebanho.
A igreja foi instituída pelo Senhor e os novos crentes devem ser integrados a ela pelo batismo.
2. Envolve ensino aos novos convertidos – v. 19
Há três coisas a destacar:
a) Ensinar o que Jesus mandou (v. 19) – Não se trata de ensinar achiologia, modismos, tradições humanas, legalismo. Paulo diz que devemos anunciar todo o desígnio de Deus.
b) Ensinar todas as coisas (v. 19) – Não apenas as mais agradáveis. Devemos ensinar toda a verdade, toda a Palavra, dar não apenas o leite, mas também o alimento sólido.
c) Ensinar a guardar – Ensinar não é apenas guardar na cabeça, mas obedecer. O discípulo é aquele que obedece. Hoje, as pessoas querem conhecer, mas não querem obedecer. “Vós sois meus discípulos se fazeis o que eu vos mando”.
V. MOTIVOS PARA CUMPRIR A GRANDE COMISSÃO – v. 18-20
1. O poder de Jesus à nossa disposição – v. 18
Se Jesus tem todo poder e autoridade, não sobrou nada para o diabo.
O diabo é astuto, ardiloso, sagaz. Mas Jesus tem todo o poder no céu e na terra.
O poder do diabo foi tirado na cruz (Cl 2:15). Ele foi despojado. Está oco, vazio.
O diabo não tem poder nem no inferno. Apocalipse 1 diz que as chavas da morte e do inferno estão nas mãos de Jesus. As portas do inferno não prevalecem contra a igreja.
Toda a suprema grandeza do seu poder está à nossa disposição (Ef 1:19).
2. A presença de Jesus – v. 20
A presença de Jesus é contínua, em todo lugar. Ele nunca nos desampara, nunca nos deixa. Ele é como sombra à nossa direita. Ele é o vigia que não dormita nem dorme. Não há situação em que sua presença não esteja conosco. Ele está conosco na vida e na morte, no tempo e na eternidade.
3. A ordem de Jesus – v. 19
Se o Rei soberano do universo deu uma ordem, cabe-nos obedecer.
CONCLUSÃO
Você tem feito discípulos? Você tem buscado os perdidos? Você tem sido um ministro da reconciliação? Você tem gerado filhos espirituais? Você ganhado pessoas para Cristo? Uma alma vale mais do que o mundo inteiro.
A lista de Shindler – “Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro”.

Os Pais Apostólicos

O nome “pais apostólicos” tem sua origem na Igreja do Ocidente do século II. São chamados de “pais apostólicos” os homens que tiveram contato direto com os apóstolos ou, então, foram citados por alguns deles. Destacam-se entre os indivíduos que regularmente recebem esse título, Clemente de Roma, Inácio e Policarpo, principalmente este último, pois existem evidências precisas de que ele teve contato direto com os apóstolos.

Clemente de Roma (30-100)
Várias hipóteses já foram levantadas sobre Clemente para identificá-lo. Para alguns, ele pertencia à família real. Para outros, ele era colaborador do apóstolo Paulo. Outros ainda sugeriram que ele escreveu a carta aos Hebreus. Em verdade, as informações a respeito de Clemente de Roma vão desde lendárias a testemunhas fidedignas. Alguns pais, como Orígenes, Eusébio de Cesaréia, Jerônimo, Irineu de Lião, entre outros, aceitaram como verdadeira a identificação de Clemente de Roma como colaborador do apóstolo Paulo.

A principal obra de Clemente de Roma é uma carta redigida em grego, endereçada aos crentes da cidade de Corinto, mais ou menos no final do reinado de Domiciano (81-96) ou no começo do reino de Nerva (96-98). A epístola trata, principalmente, da ordem e da paz na Igreja. Seu conteúdo traz à tona o fato de os crentes formarem um corpo em Cristo, logo deve reinar nesse corpo a unidade, e não a desordem, pois Deus deseja a ordem em suas alianças. Traz, ainda, a analogia da adoração ordeira do Antigo Israel e do princípio apostólico de apontar uma continuidade de homens de boa reputação.

Inácio de Antioquia (??-117)
Mesmo sendo de Antioquia, seu nome, Ignacius, deriva-se do latim: igne: “fogo”, e natus: “nascido”.

Conforme seu nome sugere, Inácio era um homem nascido do fogo, ardente, apaixonado por Cristo. Segundo Eusébio, após a morte de Evódio, que teria sido o primeiro bispo de Antioquia, Inácio fora nomeado o segundo bispo dessa influente cidade.

Inácio escreveu algumas epístolas às comunidades cristãs asiáticas: à igreja de Éfeso, às igrejas de Magnésia, situada no Meander, à igreja de Trales, às igrejas de Filadélfia e Esmirna e, por fim, à igreja de Roma. O objetivo da carta a Roma era solicitar que os irmãos não impedissem seu martírio, o que aconteceria durante o reinado de Trajano (98-117).

Antioquia

Foi fundada por volta do ano 300 a.C., por Seleuco Nicátor, com o nome de Antiokkeia, (cidade de Antíoco). Tornou-se capital do império selêucida e grande centro do Oriente helenístico. Conquistada pelos romanos por volta do ano 64 a.C., conservou seu estatuto de cidade livre e foi a terceira cidade do Império depois de Roma e Alexandria (no Egito), chegando a abrigar 500 mil habitantes. Evangelizada pelos apóstolos Pedro, Paulo e Barnabé, tornou-se metrópole religiosa, sede de um patriarcado e centro de numerosas controvérsias, entre elas, o arianismo, o monofisismo, o nestorianismo. Era considerada a igreja-mãe do Oriente.

Policarpo (69-159)
Sobre sua infância, família e formação, não temos informações precisas, contudo há documentos históricos sobre ele. Graças a alguns testemunhos fidedignos, podemos reconstruir sua personalidade. Foi discípulo do apóstolo João, amigo e mestre de Irineu, tendo ainda conhecido Inácio, sendo consagrado bispo da igreja de Esmirna. Quanto aos seus escritos, o único que restou desse antigo pai da igreja foi a sua epístola aos filipenses, exortando-os a uma vida virtuosa de boas obras e a permanecerem firmes na fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Seu estilo é informal, com muitas citações do Velho e do Novo Testamentos.

Faz, ainda, 34 citações do apóstolo Paulo, evidenciando que conhecia bem a carta desse apóstolo aos filipenses, entre outras epístolas de Paulo. Há, também, os depoimentos de Eusébio e Irineu, relatando a intimidade de Policarpo com testemunhas oculares do evangelho. Segundo Tertuliano, Policarpo teria sido ordenado bispo pelas mãos do próprio apóstolo João.

O martírio de Policarpo

O martírio de Policarpo é descrito um ano depois de sua morte, em uma carta enviada pela Igreja de Esmirna à Igreja de Filomélio. Esse registro é o mais antigo martirológio cristão existente. Diz a história que o procônsul romano, Antonino Pius, e as autoridades civis tentaram persuadi-lo a abandonar sua fé, quando já avançado em idade, para que pudesse ser livre.

Ele, entretanto, respondeu com autoridade: “Eu tenho servido a Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Rei que me salvou? Eu sou um crente!”.

Justino, o mártir (100-170)
Flávio Justino Mártir nasceu em Siquém, na Palestina, no início do segundo século e morreu mártir no ano 170. Depois de peregrinar pelas mais diversas escolas filosóficas (peripatética, estóica e pitagórica) em busca da verdade para a solução do problema da vida, abandonou o platonismo, último estágio de sua peregrinação filosófica. O amor à verdade fez que ele rejeitasse, pouco a pouco, os sistemas filosóficos pagãos e se convertesse ao cristianismo. Em sua época, foi o mais ilustre defensor das verdades cristãs contra os preconceitos pagãos.

Embora leigo, é considerado o primeiro “pai apologista” da Igreja, logo depois dos primitivos “pais apostólicos”, pois dedicou sua vida à difusão e ao ensino do cristianismo. Em Roma, abriu uma escola para o ensino da doutrina cristã e, ainda nessa cidade, dedicou-se ao apostolado, especialmente nos meios cultos, onde se movimentava com desembaraço. Escreveu muitas obras, mas somente três chegaram até nós: duas apologias contra os pagãos e um diálogo com o judeu Trifão.

Foi açoitado e, depois, decapitado.

Irineu (130-200)
Nascido no ano 130, em Esmirna, na Ásia Menor (Turquia), e filho de uma família cristã, Irineu era grego e foi influenciado pela pregação de Policarpo, bispo daquela cidade. Anos depois, Irineu mudou-se para Gália (atual sul da França), para a cidade de Lyon, onde foi presbítero no lugar do bispo que havia sido martirizado em 177.

Além da pregação de Policarpo, Irineu recebeu influência de Justino, cujo ministério foi um elo entre a teologia grega e a latina, atuando, no início, junto com um de seus contemporâneos, Tertuliano.

Enquanto Justino era primariamente um apologista, Irineu contribuiu na refutação contra as heresias e na exposição do cristianismo apostólico. Sua maior obra foi desenvolvida no campo da literatura polêmica contra o gnosticismo.

Tertuliano de Cartago (150-230)
Nasceu por volta de 150 d.C., em Cartago (cidade ao nordeste da África), onde provavelmente passou toda a sua vida, embora alguns estudiosos afirmem que ele morasse em Roma. Por profissão, sabe-se que era advogado. Fazia visitas com freqüência a Roma, sendo que, aos 40 anos, se converteu ao cristianismo, dedicando seus conhecimentos e habilidades jurídicas ao esclarecimento da fé cristã ortodoxa contra os pagãos e os hereges.

Foi o pai das doutrinas ortodoxas da Trindade e da pessoa de Jesus Cristo. Suas doutrinas a respeito da Trindade e da pessoa de Cristo foram forjadas no calor da controvérsia com Práxeas que, segundo Tertuliano, “sustenta que existe um só Senhor, o Todo-Poderoso criador do mundo, apenas para poder elaborar uma heresia com a doutrina da unidade. Ele afirma que o próprio Pai desceu para dentro da virgem, que Ele mesmo nasceu dela, que Ele mesmo sofreu e que, realmente, era o próprio Jesus Cristo”.

Tertuliano foi o primeiro teólogo cristão a confrontar e a rejeitar com grande vigor e clareza intelectual essa visão aparentemente singela da Trindade e da unidade de Deus. Ele declarou que se esse conceito fosse verdade, então o Pai tinha morrido na cruz, e isso, além de ser impróprio para o Pai, é absurdo.

Orígenes (185-254)
Nasceu de pais cristãos em 185 ou 186 da nossa era, provavelmente em Alexandria. Era escritor cristão de vasta erudição, de expressão grega e, inicialmente, com ação em sua cidade natal. Estudou letras e aprendeu de cor textos bíblicos com seu pai, que foi morto por ocasião da repressão do imperador Sétimo Severo às novas religiões.

O bispo de Alexandria passou a Orígenes a direção da Escola Catequética, sendo então sucessor de Clemente. Estudou na escola neoplatônica de “Ammonios”. Viajou a Roma, em 212, onde ouviu ao sábio cristão Hipólito. Em 215, organizou em Alexandria uma escola superior de Exegese Bíblica. Devido ao seu vasto conhecimento, viajava muito e ministrava ao público nas igrejas.

O fato de se haver castrado por devoção lhe criou dificuldades com alguns bispos, que contrariavam o sacerdócio dos eunucos. Em 232, transferiu-se para Cesaréia, na Palestina, onde se dedicou exaustivamente aos seus estudos. Sobreviveu aos tormentos de que foi vítima sob o domínio do imperador Décio (250-252). Posteriormente a esta data, morreu em Tiro, não se sabendo exatamente quando.

Era considerado o membro mais eminente da escola de Alexandria e estudioso dos filósofos gregos. Acreditava que a alma preexiste e está subordinada à metempsicose. Aqui vemos nele uma tese tipicamente pitagórica e platônica, sendo abandonada depois pelo cristianismo oficial. Todavia, é relembrada ainda hoje por aqueles que a defendem como doutrina cristã: os espíritas.

Origem da palavra cânon

A palavra cânon vem do assírio “Qânu”. É usada 61 vezes no Antigo Testamento, sempre em seu sentido literal, que significa “cana”, “balança”. O primeiro a usar esse termo foi Orígenes, para se referir à coleção de livros sagrados, que eram ou serviam de regra e fé para o ensino cristão.

Cipriano (200-258)
Tharsius Caecilius Cyprianus. Converteu-se em 246 d.C. e, três anos depois, foi nomeado bispo de Cartago, no norte da África.

Durante dez anos, conduziu seu rebanho sob a perseguição do imperador Décio, uma das mais cruéis. Foi também o grande sustentáculo moral e espiritual da cidade de Cartago no período em que esta foi atacada por uma epidemia. Além disso, escreveu e batalhou pela unidade da Igreja.

Seu nome está ligado a uma grande controvérsia a respeito do batismo e da ordenação efetuada por hereges. No entender de Cipriano, essas cerimônias não valiam, pelo fato de os oficiantes estarem em desacordo com a ortodoxia. Assim, deveriam ser rebatizados e reordenados todos os que entrassem pela verdadeira Igreja. Estêvão, bispo de Roma, discordou com ele e isso gerou um cisma, uma vez que Cipriano, além de rejeitar a autoridade do bispo romano, convocou um concílio no norte da África para resolver a questão.

Seus escritos consistem em tratados de caráter pastoral e de cartas, 82 ao todo, das quais 14 eram dirigidas a ele mesmo e as restantes tratavam de questões de sua época.

Como mártir, morreu decapitado em 14 de setembro de 258 d.C, durante a perseguição do imperador Valeriano

Eusébio de Cesáreia (265-339)
Incentivado por Constantino, Eusébio fez a narração da primeira história do cristianismo, coroando-a com a sua imperial adesão a Cristo. “A ortodoxia era apenas uma das várias formas de cristianismo, durante o século III, e pode só ter se tornado dominante no tempo de Eusébio” (JOHNSON, 2001: 69).

Cesaréia

Fundada pelo rei Herodes no século I a.C. em um porto comercial fenício e grego denominado Torre de Straton, Cesaréia foi assim denominada pelo monarca em homenagem ao imperador romano César Augusto.

A cidade foi detalhadamente descrita pelo historiador judeu Flávio Josefo. Era uma cidade murada, com o maior porto na costa oriental do Mediterrâneo chamado “Sebastos”, nome grego do imperador Augusto.

Jerônimo (325-378)
Erudito das Escrituras e tradutor da Bíblia para o latim. Sua tradução, conhecida como a Vulgata, ou Bíblia do Povo, foi amplamente utilizada nos séculos posteriores como compêndio para o estudo da língua latina, assim como para o estudo das Escrituras.

Nascido por volta do ano 345 em Aquiléia (Veneza), extremo norte do Mar Adriático, na Itália, Jerônimo passou a maior parte da sua juventude em Roma, estudando línguas e filosofia. Apesar de a história não relatar pormenores de sua conversão, sabe-se, porém, que ele foi batizado quando tinha entre 19 e 20 anos. Depois disso, ele embarcou em uma peregrinação pelo Império que levou vinte anos.

Crisóstomo (344-407)
Criado em Antioquia, seus grandes dotes de graça e eloqüência, como pregador, levaram-no a ser chamado a Constantinopla, onde se tornou patriarca (ou arcebispo). Como os outros apologistas, harmonizou o ensinamento cristão com a erudição grega, dando novos significados cristãos a antigos termos filosóficos, como a caridade.

Em seus sermões, defendia uma moralidade que não fizesse qualquer transigência com a conveniência e a paixão, e uma caridade que conduzisse todos os cristãos a uma vida apostólica de devoção e de pobreza comunal. Essa piedosa mensagem, entretanto, tornou-o impopular na corte imperial, e também entre alguns membros do clero de Constantinopla, por isso acabou sendo banido e morreu no exílio.

Agostinho (354-430)
Aurélio Agostinho nasceu no ano de 354, na cidade de Tagaste de Numídia, província romana ao norte da África, atual região da Argélia. Agostinho iniciou seus estudos em sua cidade natal, seguindo depois para Cartago. Ensinou retórica e gramática, tanto no Norte da África como na Itália. Ficou conhecido como o filósofo e teólogo de Hipona. Polemista capaz, pregador de talento, administrador episcopal competente e teólogo notável, criou uma filosofia cristã da história que continua válida até hoje em sua essência.

Inspirado no tratado filosófico denominado “Hortensius”, de Cícero, converteu-se em ardoroso pesquisador da verdade, abraçando o maniqueísmo. Com vinte anos, perdeu o pai e tornou-se o responsável pelo sustento da família. Ao resolver que iria para Roma, sua mãe foi contra, então teve de enganá-la na hora da viagem. De Roma, foi para Milão, onde novamente passou a lecionar retórica.

Influenciado pelos estóicos, por Platão e pelo neoplatonismo, também estava entre os adeptos do ceticismo. Em Milão, porém, conheceu Ambrósio, que o converteu ao cristianismo. Depois disso, voltou ao norte da África, onde foi ordenado sacerdote e, mais tarde, consagrado bispo de Hipona. Combateu a heresia maniqueísta que antes defendia e participou de dois grandes conflitos religiosos: o Donatismo e o Pelagianismo. Sua obra mais conhecida é a autobiografia “Confissões”, escrita, possivelmente, no ano 400. Em “A cidade de Deus” (413-426) formulou uma filosofia teológica da história.


quarta-feira, 1 de abril de 2015

Quem é Jesus, o Messias judeu (hebraico: YESHUA HAMASHIA)

jesus

“Eu, Jesus,(…) Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente Estrela da Manhã.”(Apocalipse 22:16)
Quem é exatamente este homem chamado Jesus Cristo de Nazaré?
Profecias que predizeram a vida do Messias escolhido
1) “[Deus diz a satanás]Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência [Messias seria provindo de uma mulher] e o seu descendente [pecadores]. Este te ferirá a cabeça [triunfará], e tu lhe ferirás o calcanhar [machucar o corpo].”(Gênesis 3:1 – escrito em 1.688 a.C)
2) “Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o SENHOR e contra o seu ungido [unigo e Messias é a mesma origem], dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas. Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles. Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os turbará. Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião. Proclamarei o decreto: o SENHOR me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra. Servi ao SENHOR com temor, e alegrai-vos com tremor. Beijai o Filho [Filho de Deus, e não de homens], para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles que nele confiam. [somente ao Filho de Deus é quem toda a humanidade precisa se render e confiar para agradar ao Deus Pai]” (Salmos 2)
3) “[diz sobre Jesus na Cruz]Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Marcos 15:345) Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido? Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego. Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel. Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste. A ti clamaram e escaparam; em ti confiaram, e não foram confundidos. Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo. Todos os que me vêem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo: Confiou no SENHOR, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer (Mateus 27:40). Mas tu és o que me tiraste do ventre; fizeste-me confiar, estando aos seios de minha mãe. Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe. Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude. Muitos touros me cercaram; fortes touros de Basã me rodearam. Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e que ruge. Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram [a crucificação causa isto em parte do corpo]; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas (Lucas 22:44). A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar (João 19:28); e me puseste no pó da morte. Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou, traspassaram-me as mãos e os pés [apenas a Cruz faz isso]. Poderia contar todos os meus ossos; eles vêem e me contemplam. Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha roupa (Mateus 27:35). Mas tu, SENHOR, não te alongues de mim. Força minha, apressa-te em socorrer-me.”  (Salmos 22:1-19 – 1050 anos a.C)
4) “Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome? E qual é o nome de seu filho, se é que o sabes?”(Provérbios 30:4 – escrito em 1009 a 922 a.C)
5) “O SENHOR me possuiu [a Sabedoria ou o Filho] no princípio de seus caminhos, desde então, e antes de suas obras. Desde a eternidade fui ungida, desde o princípio, antes do começo da terra. Quando ainda não havia abismos, fui gerada, quando ainda não havia fontes carregadas de águas. Antes que os montes se houvessem assentado, antes dos outeiros, eu fui gerada. Ainda ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem o princípio do pó do mundo. Quando ele preparava os céus, aí estava eu, quando traçava o horizonte sobre a face do abismo; Quando firmava as nuvens acima, quando fortificava as fontes do abismo, Quando fixava ao mar o seu termo, para que as águas não traspassassem o seu mando, quando compunha os fundamentos da terra. Então eu estava com ele [o Filho com o Pai], e era seu arquiteto; era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele em todo o tempo; Regozijando-me no seu mundo habitável e enchendo-me de prazer com os filhos dos homens.” (Provérbios 8:22-31)
6) “[anjo diz a Daniel]Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém [ocorreu em aprox. 451 a.C], até ao Messias, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos. Depois das sessenta e duas semanas [1 dia = 1 ano, (62+7)x7 = 484 anos depois]será morto o Messias e já não estará [como previsto, no ano aprox. 33d.C!]; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário [isso ocorreu em 70d.C pelos romanos!], e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas [para o povo de Deus e o mundo].”(Daniel 9:25-16 – escrita entre 536 a 606 a.C)
7) “Eis que o meu Servo procederá com prudência; será exaltado e elevado e será mui sublime. Como pasmaram muitos à vista dele (pois o seu aspecto estava mui desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua aparência, mais do que a dos outros filhos dos homens), assim causará admiração às nações, e os reis fecharão a sua boca por causa dele; porque aquilo que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que não ouviram entenderão. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foitraspassado pelas nossas transgressões[atravessado nas por algo no seu corpo] e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados [redenção]. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda [entregando-se pacientemente] perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.”
(…)
8) “Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo [depois de morto, deveria ressuscitar e ser engrandecido] , porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo,levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.” (Isaías 53:3-12 – escrito em 792 a 722 a.C)
9) “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel [significa Deus conosco, “junto da gente!”].”(Isaías 7:14)
10) Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei [Deus tem esse poder] o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim [1ª pessoa, Jesus], a quem traspassaram [ou atravessado por algo; na Cruz]; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito [Jesus é conhecido como unigênito e primogênito do Pai].” (Zararias 12:10 – escrito entre 520 a 475 a.C)
11) “E tu, Belém Efrata [cidade que Jesus nasceu], posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. Portanto os entregará até ao tempo em que a que está de parto tiver dado à luz; então o restante de seus irmãos voltará aos filhos de Israel. E ele permanecerá, e apascentará ao povo na força do SENHOR, na excelência do nome do SENHOR seu Deus; e eles permanecerão, porque agora será engrandecido até aos fins da terra[para todo o planeta].” (Miquéias 5:2 – escrito entre 772-722 a.C)
12) “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem [Jesus]; e dirigiu-se ao ancião de dias [Deus Pai, como está indicado no versículo 9], e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado [ao Filho do Homem, Jesus] o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído [cumprirá na segunda vinda].” (Daniel 7:13)
13) “Porque eu lhes disse: Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o meu salário e, se não, deixai-o. E pesaram o meu salário, trinta moedas de prata.
O Senhor, pois, disse-me: Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles. E tomei as trinta moedas de prata, e as arrojei ao oleiro, na casa do Senhor. [Jesus foi vendido pelo traidor Judas por trinta moedas de prata. O dinheiro foi usado pelos fariseus pra comprar um campo de um oleiro, Mt. 27:1-7]” (Zacarias 11:12-13)
Jesus interagindo com homens no Antigo Testamento (antes de nascer por Maria)
Na Bíblia, a palavra “anjo” do original hebraico significa “mensageiro”. Eles não foram feitos para serem adorados, mas a Jesus, o mensageiro que é o Filho de Deus, sim, e é adorado por eles (Hebreus 1:6). Veja que João foi advertido pelo anjo porque cometeu o engano de tentar adorá-lo:
“E eu, João, sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava para o adorar. E disse-me: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.” (Apocalipse 22:8-9)
Portanto nem todas as vezes que aparece a palavra “anjo”(mensageiro) significa que foi enviado um mensageiro da parte de Deus em que diz respeito a um servo celestial. Uma vez João Batista foi também chamado de anjo (Marcos 1:2). Curiosamente ocorre também de muitas vezes seu Filho, o herdeiro de tudo, ser mensageiro (anjo).
1) Está claro que Agar estava falando com Deus, e não um simples anjo.
“E ela chamou o nome do SENHOR [YAHVEW], que com ela falava [o autor admite que fosse mesmo Deus quando diz “com quem ela falava”]: Tu és Deus que me vê; porque disse: Não olhei eu também para aquele que me vê? [descobriu a aparência do Deus invisível que a ver todo momento]” (Gênesis 16:13)
2) Josué encontra um que é chamado de o Príncipe dos Exércitos do Senhor. Quem seria o príncipe, senão o Filho? Ele ainda é adorado por Josué, um homem que sabia muito bem que somente a Deus é ordenado a adoração.
“E sucedeu que, estando Josué perto de Jericó, levantou os seus olhos e olhou; e eis que se pôs em pé diante dele um homem que tinha na mão uma espada nua; e chegou-se Josué a ele, e disse-lhe: És tu dos nossos, ou dos nossos inimigos? E disse ele: Não, mas venho agora como Príncipe do Exército do SENHOR. Então Josué se prostrou com o seu rosto em terra e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo?” (Josué 5:13-14)
3) O anjo do Senhor é enviado pra levantar o israelita Gideão. Mas, na descrição de quem está falando, em todo o momento o relacionamento se dá entre o “SENHOR [YAHVEW]” e Gideão. Nota-se que eles chamam este Anjo com o nome sagrado de Deus YAHVEW, que significa EU SOU. Quem é este anjo?
“Então o SENHOR olhou para ele, e disse: Vai nesta tua força, e livrarás a Israel das mãos dos midianitas; porventura não te enviei eu? E ele lhe disse: Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu o menor na casa de meu pai. E o SENHOR lhe disse: Porquanto eu hei de ser contigo, tu ferirás aos midianitas como se fossem um só homem. E ele disse: Se agora tenho achado graça aos teus olhos, dá-me um sinal de que és tu que falas comigo. Rogo-te que daqui não te apartes, até que eu volte e traga o meu presente, e o ponha perante ti. E disse: Eu esperarei até que voltes.” (Juízes 6:14-18)
4) Em Isaías o Messias deveria ser chamado de Maravilhoso, que é o mesmo nome que o anjo do livro de Juízes se define. Manoá, a mulher que teve o encontro com este, chama-o de Deus no final:
E disse Manoá ao Anjo do SENHOR: Qual é o teu nome, para que, quando se cumprir a tua palavra, te honremos? E o anjo do SENHOR lhe disse: Por que perguntas assim pelo meu nome, visto que é Maravilhoso? Então Manoá tomou um cabrito e uma oferta de alimentos, e os ofereceu sobre uma penha ao SENHOR: e houve-se o anjo maravilhosamente, observando-o Manoá e sua mulher.E sucedeu que, subindo a chama do altar para o céu, o anjo do SENHOR subiu na chama do altar; o que vendo Manoá e sua mulher, caíram em terra sobre seus rostos.E nunca mais apareceu o anjo do SENHOR a Manoá, nem a sua mulher; então compreendeu Manoá que era o anjo do SENHOR. E disse Manoá à sua mulher: Certamente morreremos, porquanto temos visto a Deus [se referindo ao anjo]. (Juízes 13:13-22)
“[sobre o Messias]Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6)
5) O rei Nabucodonosor diz profeticamente ver um anjo semelhante ao Filho de Deus junto com os três hebreus que foram injustamente lançados no fogo da fornalha:
“Respondeu, dizendo: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho de Deus.” (Daniel 3:25).
6) Ezequiel diz que um homem chegou até ele. Quem era este que ele diz ser homem com autoridade de Deus? 
“E ouvi alguém que falava comigo de dentro da casa, e um homem se pôs em pé junto de mim. E disse-me: Filho do homem, este é o lugar do meu trono, e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre; e os da casa de Israel não contaminarão mais o meu nome santo,” (Ezequiel 43:6-7)
A verdadeira missão declarada de Cristo
Deus Pai enviou a Jesus, seu único Filho, (João 3:16 abaixo), que se despiu da sua própria grandeza (ver João 17:5) para vir ao mundo, na forma de homem, e nos ensinar o caminho da retidão.  Deus utilizou um artifício para interferir no curso mundo e pagar o preço da culpa da condenação que as pessoas mereciam indo morrer no lugar de todos na Cruz. Os pecados são perdoados mediante a ação de serem “lavados pelo sangue do Cordeiro [Jesus]” (ver Apocalipse 7:14), que ali foi derramado. Em outras palavras, foi posto no Messias, homem sem pecado (Hebreus 4:15,7:26-28), a ira de Deus reservada para os pecadores, para que a graça fosse liberada sobre aqueles que se disporem a aceitá-lo como soberano na sua vida (Isaías 53:3-12). Pela Cruz, lançamos o nosso pesado fardo de culpa e condenação sobre ele, e ele nos entrega o seu fardo leve para que carreguemos (Mateus 11:28-30), a redenção gratuita. Isso é conquistado mediante a fé.
Na antiga lei hebraica, os judeus foram instruídos de que deveriam derramar um sangue de um animal para obterem a via de justiça divina de remição dos pecados, que prefigurava a Cristo. No ato do arrependimento, o pecado era lançado no animal simbolicamente.
Agora, este sangue vem do próprio Deus (i.e.,Jesus). Este é o sacrifício permanente e eterno que reme os homens da culpa (Hebreus 10:12). A chamada antiga aliança hebraica é quebrada e substituída pela nova (Mateus 26:28), que é mais forte e poderosa em graça e favor divino para os homens. Veja que Deus já anunciava esta ruptura através do profeta Jeremias:
“Eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz o SENHOR. Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.” (Jeremias 31:31-33)
Permite-se trazer maior comunhão e proximidade do Espírito de Deus do que outrora (ver 2 Coríntios 3:13-18 ) e a restauração da queda de Adão (1 Coríntios 15:22). Havia um grosso véu no santuário judeu, extremamente restrito, que só um sacerdote escolhido podia ter acesso a presença de Deus anualmente (Levítico 16:2 e 21:23). Perto da morte de Jesus Cristo, este pronunciou que o véu do templo foi rasgado, e isto ocorreu naquela hora (ver Hebreus 10:19 e Mateus 27:51).
A rigorosa lei hebraica, com suas muitas nuances, foi abolida para as pessoas serem libertas/remidas pela cruz de Jesus (2 Coríntios 3:3-8) e se comprometendo apenas a dois mandamentos, que é tão somente amar a Deus acima de tudo, depois seu próximo como a si mesmo (veja em Mateus 22:37-40). Os rituais hebraicos tinham o propósito de serem na verdade símbolos da Nova Aliança. Por exemplo, o sacrifício de um cordeiro sem mancha não tirava o pecado, mas representava a morte do Messias; e o altar do incenso fazia menção das orações dos santos (Apocalipse 5:8).
O Jesus depois da morte e hoje
A morte da Cruz seria a maior “loucura” de amor do Senhor para resgatar o homem da perdição eterna. Como Jesus foi perfeito até morrer, se mostrou merecedor de tornar a receber a Glória que já tinha antes de ter encarnado homem (ver João 17:5 e Filipenses 2:5-10). Este feito, que parece uma derrota, foi tida como uma magnífica vitória (ver João 16:33 e Romanos 8:37). O papel de Yeshua atualmente é ser o único elo e Mediador entre Deus e os homens (1 Timótio 2:5, Isaías 42:6, Hebreus 9:15) ou único “Advogado junto ao Pai, entre Deus e os homens” (1 João 2:1), aliança alcançada legalmente. Ele voltará mais uma vez para salvar sua Igreja (Mateus 24:36-51,25:1-13, Apocalipse 19:7-9, 1 Pedro 3:1-14), destruir os ímpios na Terra (Apocalipse 19 e Isaías 63) , caber o julgamento eterno para todos os povos e os demônios (Mateus 25:31-46) e, finalmente, reinar eternamente com os remidos (Daniel 7:14, 2 Pedro 1:11, Lucas 1:33).
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenadomas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (João 3:16-18)
“No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29)
“E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo.” (João 12:47)
Jesus é o Templo, a Casa do Pai e a Arca da Aliança
“Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo. Quando, pois, ressuscitou dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito.” (João 2:19-22)
Jesus olhou para o templo que o grande EU SOU (YHWH) e Todo Poderoso era adorado e disse que o destruiria e o tornaria a construir em três dias. Isso ocorre pois quando ele morre na Cruz, a velha aliança é destruída juntamente com seu corpo, porém, quando Jesus ressuscita, ele mesmo se torna o Templo de habitação aonde Deus escolheu habitar. Jesus é como a Arca da Aliança (Êxodo 40:3), aonde a Presença de Deus permanece. Ele próprio também é a Casa do Tesouro, onde devemos levar nossos dízimos e ofertas, que é cumprir sua vontade na Terra com o trabalho de nossas mãos (Malaquias 3:10).
O Pai Celestial habita em Jesus e Jesus habita naqueles em que o recebem verdadeiramente, por isso ele disse: “quem vê a mim vê o Pai”(João 14:9)  e “ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). Como o Pai está apenas em Cristo, o Céu está em Jesus, por isso também Jesus disse:
“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.” (João 14:2-3)
Breve resumo da história da vida de Jesus Cristo
-Existe desde a eternidade ao lado do Pai Celestial (João 1:1,2);
-Teve participação intrínseca na criação de todas as coisas que existem com o Pai (João 1:3);
-É menor do que o Pai (João 14:28), é um só com o Pai (João 10:30) e maior do que os anjos (Lucas 20:9-16);
-Deixou seu lugar de habitação no Céu para vir ao mundo à aproximadamente 2000 anos atrás (João 3:31, 17:5);
-Sua vinda no meio de nós e suas obras eram um segredo do coração de Deus antes da fundação do mundo (Romanos 16:25, 1 Coríntios 2:7) e foi amplamente anunciado pelos profetas de centenas de anos antes (ver seção inicial de profecias de Cristo no estudo);
-Foi enviado ao mundo para redimir a humanidade dos pecados (João 3:16-18, Isaías 53:4-6), lançando sobre si mesmo a condenação, e tornar a restaurar a queda espiritual que separou Adão da Presença de Deus. Deveria padecer por todos como o Cordeiro de Deus que derrama o sangue para justificação (Isaías 53, João 1:36, 1 Pedro 1:19, Apocalipse 5:6);
-Foi inoculado no ventre de uma mulher judia sem relação sexual (Lucas 1:35) e nasceu numa simples manjedoura (Lucas 2:16);
-Brevemente depois de haver nascido diferentes pessoas e desconhecidas pela mãe se achegaram ao bebê com revelações divinas cientes sobre a quem ele se tratava (Luca 2:8-12, 25-35 e 36-38). Pouco antes de seu ministério, aos 30 anos, João Batista, um profeta reconhecido em todo o Israel (Lucas 20:6), respaldou Jesus (João 1:29) dizendo que ele não era digno nem mesmo de “desamarrar as correias das sandálias” de Jesus (João 1:27);
-Nunca pecou contra Deus nos seus mandamentos (Lucas 1:35), procurava apenas realizar a vontade do Pai em todo momento (João 6:38, Lucas 22:42) e o amava acima de todas as coisas (Mateus 22:37);
-Era a imagem de Deus na Terra (João 14:8,9) e corporalmente a plenitude de Deus (Colossenses 2:9);
-Ele podia chorar (João 11:35:) e se alegrar (Lucas 10:21) como qualquer pessoa;
-Aos doze anos era cheio de sabedoria e inteligência, conhecendo toda a Lei de Moisés (Lucas 2:46,47) e já entendia a paternidade de Deus sobre si (Lucas 2:49);
-Homem comum, de uma terra pobre, trabalhador e “de dores” (Isaías 53:3) na profissão de carpinteiro (Marcos 6:3) e também tinha o serviço no templo de Mestre ou rabino (João 1:38, Mateus 26:49, Lucas 20:39), pois podia ler o Tora no templo (Lucas 4:16);
-Passou por todas as tentações na carne para provar sua vitória sobre o pecado e ter toda autoridade sobre ele (Lucas 4:2, Hebreus 2:18, João 16:33);
-Era um homem sem beleza exterior (Isaías 53:2);
-Deus fez de Jesus uma provação para expor o coração dos orgulhosos e, ao mesmo tempo, o tornou a única Porta (João 10:9) e fundamento da salvação (Mateus 21:42, João 14:6, 1 Coríntios 1:18-25). Dizia que quem recebe a ele (Jesus) recebia o Pai que o enviou (João 13:20) pois ele fazia toda a vontade do Pai. Jesus disse que ele era “o Caminho, a Verdade e a Vida”. Aceitando a ele, temos a oportunidade de morar no Céu com ele na Casa do Pai para sempre (João 14:2,3). Ele disse que quem cresse no nome dele teria a vida eterna e que ele mesmo o iria ressuscitá-lo no último dia (João 6:40);
-Cumpriu as profecias antigas que ele deveria ser desprezado e mau visto muitas vezes pelas pessoas (Isaías 53:2,3, João 10:31, 12:37, 15:25). Durante as pregações existiam pessoas que o rejeitavam e fazia pouco caso dele (João 10:20, Marcos 3:21), mas outros se maravilhavam com suas palavras (Mateus 22:33, João 10:21);
-Gente da sua própria casa não cria nele (João 7:5), e até seus irmãos já pensaram que ele estava fora de si (Marcos 3:21);
-Do meio das multidões que o acompanhava (Marcos 5:24, Marcos 4:36, Lucas 8:40), escolheu doze discípulos(Lucas 6:13);
-Preferia andar com prostitutas, pecadores, rejeitados (Marcos 2:16,17) e “pequeninos” (Marcos 11:25) porque “o médico veio para os doentes” (Marcos 2:17). Confrontava com grande ousadia os religiosos altivos (Mateus 23), que os chamou de “sepulcros caiados” que são bonitos por fora e mortos por dentro;
-Pregava que era melhor ser generoso, procurando dar do que receber, amar os inimigos e os perseguidores, ser manso, ter o coração fácil de arrepender-se e perdoar, ser misericordioso e ter esperança de glória depois da morte por causa das próprias perseguições e humilhações em nome de Deus (Mateus 5), cuidar dos mais rejeitados (Lucas 10:30-37), etc.;
-Disse que quem alimentasse o faminto, desse água ao sedento, tratasse do doente, hospedasse o estrangeiro, visitasse o preso e cobrisse o nu estaria fazendo para ele, como se ele se importasse a tal ponto com a humanidade que era como se ele estivesse vivendo na pele da pessoa necessitada (Mateus 25:40);
-Dizia que os grandes no Reino de Deus são os humildes como crianças (Mateus 18:4), como servos de todos (Marcos 9:35) e que aquele que se humilha é exaltado e o que se exalta será humilhado (Lucas 18:14);
-Amava muito as crianças e disse que temos que “receber o Reino de Deus como elas” (Marcos 10:14,15);
-Realizava milagres publicamente de desde curas de cegos (João 9, Marcos 8:22) a ressurreição de mortos (João 11:43,44, Lucas 7:12), limpou leprosos (Mateus 8:2, Marcos 1:40), acalmou uma tempestade no mar com uma palavra (Mateus 8:26), andou sobre a águas do mar (Mateus 14:26), uma voz do Céu , como trovão, surgiu diante de testemunhas e disse que Jesus era “meu filho amado em quem tenho prazer” (Mateus 3:17, Marcos 9:7), alimentou 5 mil homens, fora mulheres e crianças, no deserto, com apenas cinco pães e dois peixinhos (Marcos 6:38-44, João 6) e 4 mil em outra ocasião com 7 pães em mãos (Mateus 15:38), curou um homem possessão maligna que fazia toda uma cidade o temer (Lucas 8:26-33) o fazendo estar “vestido” e “em seu juízo” ,  tinha revelação dos pensamentos e da vida das pessoas sem conhecê-las pessoalmente (João 1:48-49, 4:18, Mateus 9:4) e muitos outros sinais;
-Admirava-se quando uma pessoa tinha fé (Lucas 7:9). A falta de fé nele o impedia de realizar milagres (Mateus 14:31). A fé e a confiança em Deus e também nele mesmo como instrumento de justificação para desencadear a ocorrência de milagres (Mateus 9:22,14:31, 17:20) e a salvação eterna (João 12:46, Marcos 9:23);
-Antes de ser traído e entregue aos inimigos ele já sabia como aconteceria. Também comunicara aos discípulos sobre sua ressurreição ao terceiro dia de morto (Mateus 17:22, Marcos 10:33,Lucas 24:7). O traidor foi um dos 12 discípulos chamado de Judas Iscariotes (Marcos 14:10) que se suicidou logo em seguida depois de o ter entregue (Mateus 27:5);
-Depois de ter ressuscitado ao terceiro dia de morto (morreu na sexta-feira e ressuscitou no domingo), se revelou a muitos (Mateus 28, João 20 e 21, Lucas 24);
-Ele disse que foi dado a ele todo o poder nos céus e na terra, que deveríamos fazer discípulos em todas as nações batizando em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e que ele estará conosco até os últimos dias (Mateus 28:18-20);
-Ele foi arrebatado corporalmente e subiu aos Céus, a morada de Deus, para assentar-se num trono a direita do Pai (Lucas 22:69);
-Prometeu que voltaria com todos os seus anjos numa nuvem com poder e grande glória, que todas as tribos da terra se lamentarão ao o ver (Lucas 21:27, Mateus 24:30,25:31).
Filho de Deus Pai
“Disseram-lhe, pois: Onde está teu Pai? Jesus respondeu: Não me conheceis a mim, nem a meu Pai; se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai.”(João 8:19)
“Tudo por meu Pai me foi entregue; e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Lucas 10:22)
“Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 16:16)
Jesus é a manifestação homem do Deus único
1) “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade [o Messias sempre existiu – atributo de Deus]. Portanto os entregará até ao tempo em que a que está de parto tiver dado à luz; então o restante de seus irmãos voltará aos filhos de Israel. E ele permanecerá, e apascentará ao povo na força do SENHOR, na excelência do nome do SENHOR seu Deus; e eles permanecerão, porque agora será engrandecido até aos fins da terra.” (Miquéias 5:2)
2) Davi profetiza sobre o Messias:
“Disse o Senhor[Pai] ao meu Senhor[Filho]: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.(…) O SENHOR jurou e não se arrependerá: Tu [Filho] és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. O Senhor [chamado de YAHWEH, nome Deus], à tua direita [Filho], no dia da sua ira, esmagará os reis”. (Salmos 110 – Referenciado por Jesus em Mateus 22:44, Marcos 12:36, Lucas 20:42).
3) “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;” (Isaías 9:6)
4) “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel [que significa…Deus conosco!].” (Isaías 7:14)
5) “(…) Pois ele [Jesus],subsistindo em forma de Deus[ou: “embora sendo Deus”], não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,  a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.”(Filipenses 2:5-11)
6) “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra.” (Mateus 28:18)
7) “Este [Jesus Cristo] é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois,nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.” (Colossenses 1:15-20)
8) “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse,[antigo patriarca de Israel] EU SOU [YAHWEH, nome de Deus].” (João 8:58 – ver também João 8:28)
9) “No princípio, era o Verbo [Jesus], e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.Todas as coisas foram feitas por ele [ por Jesus], e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens; E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.”(…) O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.  Veio para o que era seu [o Verbo], e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome [no nome de Jesus]; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós [Jesus se fez carne, com seu poder], cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. (João 1:1-14)
10) “Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça, há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele mesmo. Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus[Jesus! – João 1:1]; e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro. Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso. Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES[= Verbo de Deus = Jesus ].” (Apocalipse 19:11-16)
11) “Dessarte, matastes o Autor da vida[Jesus], a quem Deus [Pai] ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas.” (Atos 3:15)
12) “sendo ele [Jesus] o resplendor da sua glória [de Deus] e a expressa imagem do seu Ser, esustentando todas as coisas pela palavra do seu poder [de Jesus], havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas” (Hebreus 1:3)
13) Tomé, um dos discípulos, não foi repreendido ao se dirigir a Jesus pelo nome de Senhor e Deus:
Respondeu-lhe Tomé [para Jesus]: Senhor meu e Deus meu! (João 20:28)
14) Paulo diz que Deus deu o seu próprio sangue pelas almas:
“Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele [Deus] comprou com o seu próprio sangue[Jesus, Deus e Espírito Santo são um só].” (Atos 20:28)
Se Jesus é Deus, porque ele também se posiciona como um servo homem que depende de um Deus?
“Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus” (João 20:17)
“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e emverdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. (João 4:23)
Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus [o Pai], adorarás, e só a ele darás culto.” (Mateus 4:10)
A resposta é que Jesus é tanto parte homem quanto parte de Deus. A sua parte homem é a que se relaciona com o Deus na condição de servo, e a sua parte Deus é aquela que se relaciona com Deus como sendo uma das manifestações dele, o Deus único. Como homem, ele é o exemplo máximo da perfeição de servo deixada para que nós venhamos a nos espelhar. O interior de Deus compreensível a nós. Como Deus, ele é o Caminho, a Verdade, a Vida, o Amém,o Eu Sou, a Luz do mundo, a Porta etc. Cristo é tão grande que a redenção na Cruz representa toda a dimensão do amor de Deus (Romanos 8:39)!
Jesus quase foi apedrejado porque ele disse que possuía uma unidade divina com o Pai:
Eu e o Pai somos um. Novamente, pegaram os judeus em pedras para lhe atirar.” (João 10:30-31)
Na sua segunda vinda a Terra, Jesus disse que viria com a mesma Glória do Pai (Mateus 16:27). O Pai deseja que honremos ao Filho assim como honramos a Ele:
“E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou.” (João 5:22-23)
Nos versículos abaixo está claro que a Glória de Cristo é idêntica ao do Pai
“(…) Veio, pois, e tomou o livro da mão direita daquele que estava sentado no trono [Pai]; e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro [de Jesus], tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos, e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra. Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor [Jesus é digno de ser glorificado porque provou a todos]. Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro [o Pai e a Jesus], seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos [eternamente]. E os quatro seres viventes respondiam: Amém! Também os anciãos prostraram-se e adoraram [ambos]” (Apocalipse 5)
O rio de vida “cujas águas alegram a Cidade de Deus” (Salmos 46:4), o qual representa fonte inesgotável de Vida, é brotado do Trono do Pai e do Cordeiro [Jesus]:
“Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro [Jesus].” (Apocalipse 22:1)
“Eu, Jesus,(…) Eu sou a Raiz e a geração de Davi [homem], a Resplandecente Estrela da Manhã [Deus].”(Apocalipse 22:16)
O ato de se fazer homem torna tudo ainda mais impressionante, porque vemos o Todo-Poderoso agora como uma pessoa que também é poderosamente humilde e simples, que estaria disposto a abandonar toda a sua infinita Glória para salvar as pessoas da perdição, e considerando o próximo antes de si mesmo. Nisso Deus alcançou toda plenitude ( Colossenses 1:19).  A arrogância de querer ser igual Deus fez Lúcifer cair, mas o Senhor deu uma lição eterna a todos ensinando o modo certo para se querer parecer com ele por meio de Cristo. Jesus é a Comunicação (Verbo) de Deus para a Criação.