sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Crescimento da Igreja e Salvação

E POR AVAREZA FARÃO DE VÓS NEGÓCIO..." (2PE. 2.3)
Uma avalanche de métodos de crescimento de igrejas vem sendo divulgada entre líderes evangélicos, instruindo-os a tornar a sua igreja local próspera e grandiosa. É a igreja reinventada, transformada em negócio, onde a autêntica mensagem do evangelho está sendo substituída por um discurso de tolerância e fraternidade, distante dos valores bíblicos, sendo o pastor um facilitador, um mediador entre !prós e contras?, permitindo a conciliação em nome da !unidade?. A propósito, sugiro a leitura dos excelentes artigos publicados em !http://www.espada.eti.br/pragmatismo.htm?.

Essa preocupação seria plausível se a igreja realmente fosse uma empresa, um comércio administrado pelo pastor ou por um grupo de pessoas, como nas sociedades anônimas e companhias limitadas. Porém, a igreja - segundo o melhor conceito - é uma assembléia de gente salva, pessoas que compreenderam e aceitaram a mensagem de salvação bíblica pela soberana vontade de Deus, diferente do conceito moderno de clube eclesiástico que estão tentando imputar-lhe.
Àqueles que procuram fazer a obra de Deus segundo a metodologia humana devemos lembrar que, embora a salvação seja oferecida a todos, poucos são os efetivamente salvos em Cristo Jesus: !Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos? (Mt 22.14).
A Bíblia demonstra claramente que a Salvação pertence somente ao Senhor e que somente dEle vêm a fé e o arrependimento. No livro de Jonas está escrito: !Do Senhor vem a salvação? (Jn 2.9b). Esta afirmação guarda profunda simetria com toda a soteriologia bíblica, pela qual Deus nos elegeu livremente para a salvação antes mesmo da fundação do mundo (Ef. 1.3,4; II Ts 2.13; Ap. 13.8; etc).
É o Espírito Santo quem convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8); é Deus quem dá a fé (Ef. 2.8 e Hb. 12.2 c/c Jo. 6.64-65 e 1Co. 12.3) e o arrependimento (Atos 5.31, 11.18; Rom. 2.4; 2Co 7.9; 2Tm 2.25; etc.), ambos para a salvação. Assim, Deus faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade (Ef. 1.11; v. tb. Ef. 1.4-5; Tiago 1.18; Sal 115.3 e 135.6; etc.) e concede redenção a quem Ele quer, segundo a Sua infinita misericórdia (Jo 1.13, 6.37; Rm. 9.15-16; Ef. 2.1-10; Tt. 3.5; Tg. 1.18; etc.), sem, entretanto, desprezar a responsabilidade humana (Mt. 11.28; Jo. 5.40; Ap. 22.17; etc).
Uma vez entendido este assunto de difícil compreensão para muitos, que é a Salvação (2Pe 3.15-16; Rm. 11.33-36), podemos afirmar que nenhum esforço humano para levar as pessoas a Cristo terá sucesso sem a suprema volição de Deus, conforme os Seus eternos propósitos. ?Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam...? (Sl. 127.1).
O método bíblico é: !...Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura? (Mc. 16.15). Apenas os que crerem serão salvos (v. 16); porém a fé salvadora não é para todos, pois ninguém pode nascer pela vontade da carne, por desejo próprio (Jo. 1.12-13); !Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia? (Jo 6.44).
A tática de atrair pessoas às igrejas para ouvir coisas aprazíveis e participar de um culto adocicado e festivo não encontra respaldo bíblico. O pregador não tem a função de convencer a ninguém, mas apenas de pregar o que é reto, de levar a mensagem do evangelho a toda criatura. Pregando dessa forma, crerão todos quantos estão ordenados para a vida eterna (At. 13.48)

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