Jesus, porém, disse: Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus. (Mt 19.14)
A Bíblia ensina que sobre as crianças não é imputado pecado e que, para entrar no reino de Cristo, temos que nos tornar como uma criancinha (Mateus 18.1-4; 19.13-15). Paulo falou de um tempo quando ele estava vivo, antes que o pecado entrasse em sua vida (Romanos 7:9). Moisés falou de crianças que não conheceram nem o bem nem o mal (Deuteronômio 1.39). Quando uma criança cresce, chega o tempo em que ela é atraída por seus próprios desejos (Sl 51), é tentada e peca (Tiago 1.14-15). Nesse tempo ela é culpada de pecado diante de Deus e necessita da salvação. Antes disso, as crianças são puras, sem atribuição de pecado e seguras aos olhos de Deus.
Todas as pessoas, sem exceção, quando morrem, morrem como alguém que é vaso de misericórdia ou vaso de ira. Jovens e crianças que morrem antes que seus corações comecem a robustecer contra a Deus incluem-se na categoria daqueles sobre quem Deus mostrou misericórdia. A morte deles testifica que Deus deve tê-los preparado instantaneamente para o céu através da limpeza e regeneração, sabendo que morreram despreparados para a ira. Mateus 21.16b é uma conclusão adequada, “pela bocas dos meninos e das criancinhas no peito tiraste o perfeito louvor“. O louvor deles pela glória de Deus será ouvido no céu, não no inferno.
Davi acreditava na salvação dos infantes
A passagem que aparenta se identificar com esse tópico mais do que qualquer outra é 2 Samuel 12:21-23. O contexto desses versículos é que o Rei Davi cometeu adultério com Bate-Seba, resultando em uma gravidez. O profeta Natã foi enviado pelo Senhor para informar a Davi que, por causa de seu pecado, o Senhor iria fazer com que a criança morresse. Davi respondeu a essa situação com sofrimento, luto e oração pela criança. No entanto, uma vez que a criança já não era mais, o sofrimento de Davi acabou. Os servos de Davi estavam surpresos ao escutar sobre o fato. Eles disseram ao Rei Davi: “Que é isto que fizeste? Pela criança viva jejuaste e choraste; porém, depois que ela morreu, te levantaste e comeste pão.” A resposta de Davi foi: “Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o SENHOR se compadecerá de mim, e continuará viva a criança? Porém, agora que é morta, por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim.” A resposta de Davi pode ser vista como um argumento de que aqueles que não podem acreditar estão seguros no Senhor. Davi disse que ele iria a ela, mas que a criança não voltaria a ele. Da mesma forma, e de igual importância, Davi aparentava ser confortado por este fato. Em outras palavras, Davi aparentava estar dizendo que ele iria ver seu filho de novo (no céu), apesar do fato de que ele não poderia trazê-lo de volta. (1)
Os infantes estão em segurança na presença de Deus – Não há e não haverá crianças no inferno.
1) www.gotquestions.org
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