quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

A Verdade sobre Maria

PARTE 2
MÃE DE DEUS
Imaginei de início que o titulo "Mãe de Deus" atribuído à humilde mãe de Jesus fosse apenas
uma demonstração de carinho. Com o passar dos anos, notei que se tratava de algo mais
sério. Muitas crianças, jovens e adultos estão convictos de que Maria é a Mãe de Deus. Sei
que estas palavras escritas não alcançarão a massa de 30 milhões de analfabetos, 30 milhões
de alfabetizados, mais 30 milhões que não desejam confrontar suas tradições e crenças com
a verdade. Apresentaremos alguns argumentos com vistas a deixar bem claro que Deus não
tem mãe, e que por haver sido mãe de Jesus, homem, Maria não é mãe de Deus.

A palavra da Tradição:
"Maria é verdadeiramente a "Mãe de Deus", visto ser a mãe
do Filho Eterno de Deus feito homem, que é ele mesmo Deus"
(C.I.C. p.143, # 509).
"Por isso o Concílio de Éfeso proclamou, em 431, que Maria
se tornou de verdade Mãe de Deus pela concepção humana
do Filho de Deus em seu seio" (C.I.C. p.131, # 466).

"Denominada nos Evangelhos "a Mãe de Jesus" (Jo 2.1;
19.25). Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito, desde
antes do nascimento de seu Filho, como "a Mãe de meu
Senhor" (Lc 1.43). Com efeito, Aquele que ela concebeu do
Espírito Santo como homem e que se tornou verdadeiramente
seu Filho segundo a carne não é outro que o Filho eterno do
Pai, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja
confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus" (C.I.C.
p. 140. # 495).
Contestação - A Bíblia causa uma certa inquietação e até temor. O temor do confronto. A
Palavra, como um espelho, coloca às claras nossas imperfeições, rugas, pecados. E, em face
disso, somos movidos a tomar uma decisão. Desprogramar de nossa mente o que foi
armazenado durante cinco séculos é tarefa árdua. Bom para muitos é deixar rolar, na onda do
"me engana que eu gosto".
A Bíblia nos revela, de Gênesis a Apocalipse, que Deus é o nosso Pai, o Criador de todas as
coisas. A oração-modelo ensinada por Jesus começa assim: "PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS
CÉUS".
Todos os que aceitam a Jesus como Senhor e Salvador passam a ser filhos de Deus:
"PORQUE TODOS SOIS FILHOS DE DEUS PELA FÉ EM CRISTO JESUS" (Gálatas 3.26).
"Vós sois filhos do Deus vivo" (Oséias 1.10c).
Maria sempre foi temente a Deus; era justa aos olhos de Deus; creu em Jesus, nas suas
palavras, na Sua morte e ressurreição. E, assim, ela foi constituída filha de Deus.
Quando Jesus disse a Nicodemos que era necessário nascer de novo para ver o reino de
Deus, Ele não excluiu sua mãe do processo (Jo 3.3). Também, a declaração de Jesus, a
seguir, confirma que sua família - mãe, pai e irmãos - necessitava de submissão a Deus e
obediência à Sua Palavra para ser salva:
"Chegaram então seus irmãos e sua mãe e, estando de fora, mandaram-no chamar". A
multidão estava assentada ao redor dele, e lhe disseram: "Tua mãe e teus irmãos te procuram,
e estão lá fora". Jesus lhes perguntou: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" Então,
olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: "Aqui estão minha mãe e
meus irmãos. Portanto, "QUALQUER QUE FIZER A VONTADE DE DEUS, ESTE É MEU
IRMÃO, IRMÃ E MÃE (Marcos 3.31-35). Jesus nivelou sua mãe e seus irmãos a todos os que
obedecem a Deus.

Em certa ocasião Jesus não permitiu que tivesse prosseguimento a tentativa de exaltar sua
mãe. Vejamos:
"Dizendo Ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão
levantou a voz, e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te
trouxe e os peitos em que mamaste! Mas Jesus respondeu:
Antes bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus
e a guardam." (Lucas 11.27-28).
Muito mais bem-aventurados são os que obedecem a Deus, disse Jesus. Para defender sua
Tradição, os líderes romanistas agarram-se à seguinte fala de Isabel a Maria: "De onde me
provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor?" (Lucas 1.43). Ora, está claro e evidente
que a parenta de Maria não estava se referindo ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó; ao Deus
de Israel, ao nosso Deus, nosso Pai celestial, nosso Senhor. Seria até hilariante, se não fosse
assunto tão sério, imaginar que Isabel estivesse ali saudando Maria como mãe de Deus.
Isabel reconheceu Maria como a mãe do Messias tão esperado. As palavras de Simeão e de
Ana, no templo, também tiveram este mesmo significado (Lucas 2.25-38). O Deus Filho que
se fez carne sempre existiu.
A Bíblia diz que os que morreram em Cristo ressuscitarão na Sua volta, num corpo celestial e
incorruptível (1 Tessalonicenses 4.16-17). Logo, de acordo com esta Palavra, a santa Maria
aguarda, como todos, esse dia glorioso. Como, nesse estágio, poderia ser mãe de Deus? Por
outro lado, para ser mãe de Deus a santa Maria, por óbvias razões, deveria possuir os
mesmos atributos da Trindade, ou seja, ser onipresente, onisciente e onipotente, eterna e
imutável. Sabemos que estes atributos são exclusivos de Deus, absolutos e incomunicáveis.
Em resumo, para ser mãe de Deus ela teria que ser igual a Deus. Se admitirmos a hipótese da
existência de uma mãe para Deus, seria válido esquecermos a doutrina da Santíssima
Trindade e, em seu lugar, instituirmos a do Santíssimo Quarteto, assim compreendido: Deus
Pai, Deus Mãe, Deus Filho e Deus Espírito Santo, o que seria uma extravagância teológica.
Deus é eterno, não teve começo, não foi gerado, e não terá fim. Deus não tem mãe, nem pai.
Maria não pode ser mãe do seu Criador e Salvador. Maria não pode ser mãe do seu próprio
Pai. A criatura não pode ser mãe do Criador. A santa Maria foi escolhida foi por Deus para
que em seu ventre o Verbo se fizesse carne. Mas o Verbo, o Deus Filho, este sempre existiu
porque eterno. O Verbo não foi gerado por Maria. Leia-se:
"No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o
Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as
coisas foram feitas por Ele... e o Verbo se fez carne e habitou
entre nós, e vemos a sua glória, como a glória do Unigênito do
Pai, cheio de graça e de verdade" (João 1.1-3, 14).
Esta é uma afirmação da eternidade de Jesus: Ele estava no princípio, esteve presente na
Criação, estava com Deus, é Deus. Logo, um ser humano finito e limitado (Maria) não poderia
gerar um ser eterno, divino, infinito e ilimitado. A Tradição confirma a eternidade de Jesus,
quando diz que Maria é a Mãe do Filho Eterno de Deus. Ora, o eterno não é gerado e não cabe
na vida finita de um ser que precisou ser gerado.

Vejamos as palavras de Maria:
"EU SOU A SERVA DO SENHOR. CUMPRA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA"
(Lucas 1.38). Jesus disse que "o servo não é mais do que o seu senhor" (Mt 10.24). Maria não
desejava outra coisa senão ser serva de Deus. Jamais passou por sua cabeça ser mãe do
Altíssimo. Seria completamente impossível uma mulher ser mãe, ou um homem ser pai de
Deus. Mais adiante ela declara, dando ênfase à sua condição de serva:
"A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, pois
olhou para a humildade da sua serva. Desde agora todas as gerações me chamarão bem20
aventurada" (Lucas 1.46-48). Vê-se que Maria não almejou nada mais nada menos do que se
colocar na posição de serva do Senhor. E assim ela fez por toda a sua vida.
Por qual razão Jesus não exaltou as qualidades espirituais de sua mãe, sabendo Ele de
antemão que ela seria aclamada por “sua” Igreja Católica Romana como Mãe do Universo,
Mãe de Deus, Rainha do Céu, a Mãe dos Vivos, Intercessora, Advogada, Medianeira, Co-
Redentora? Por que Jesus não dividiu Sua glória com sua mãe? Por que Jesus, durante todo
o seu ministério, não nos deixou uma única revelação, uma única palavra conduzindo-nos a
exaltar a sua mãe? Por que a “Mãe de Deus” não foi exaltada ou glorificada nas cartas
paulinas, nas mensagens inspiradas do apóstolo Paulo? Por que a Bíblia só registra o nome
de Maria no que é estritamente necessário? A existência da Mãe de Deus não deveria
constituir uma das doutrinas básicas do cristianismo?

SENHORA, PADROEIRA E CO-REDENTORA
A santa e humilde Maria nunca desejou tomar o lugar do Salvador, do Filho de Deus. A sua
posição foi de serva ciente de sua missão, a missão de trazer à luz a Luz do mundo, o Pão da
vida, o Verbo de Deus. Até nas suas palavras a mãe de Jesus foi discreta. 0 registro mais
extenso das palavras por ela pronunciadas está em Lucas 1.46-55, sob o título "O cântico de
Maria." Nessa oração, como já vimos atrás, Maria se mostra muito feliz e agradecida a Deus
por haver sido agraciada com tão nobre missão: "Pois olhou para a humildade da sua serva.
Desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada". Nos versículos 46 e 47,
Maria se declara necessitada de salvação: "A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu
espírito se alegra em Deus, meu Salvador".
Não se encontra nas Escrituras qualquer tipo de adoração a Maria, ou qualquer ensino nesse
sentido. Muitas pessoas interpretam mal o título "Bem-aventurada". Uma pessoa bemaventurada
quer dizer uma pessoa feliz, ditosa e bendita. É o estado "daqueles que, por seu
relacionamento com Cristo e com a sua Palavra, receberam de Deus o amor, o cuidado, a
salvação e sua presença diária. O arcanjo Gabriel disse: "Bendita és tu ENTRE as mulheres",
e não bendita ACIMA das mulheres. A mesma declaração foi feita por Isabel a Maria
acrescentando: "... e bendito o fruto do teu ventre" (Lucas 1.42). E a própria Maria afirmou que
"desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada" (Lucas 1.48b).
Jesus, no "Sermão da Montanha", chamou de "BEM- AVENTURADOS" os pobres de espírito,
os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros
de coração, os pacificadores, os que sofrem perseguição por causa da justiça e os
perseguidos por causa dele (Mateus 5.3-11). E bem-aventurada é Maria em razão da missão a
ela confiada. Então, os salvos somos bem-aventurados, isto é, somos felizes porque
agraciados com bênçãos de Deus. Não há a menor possibilidade de, após a nossa morte - a
morte dos bem-aventurados - chegarmos à condição elevada de Senhor ou Senhora, Pai ou
Mãe de todos. Vejamos o que diz a Bíblia:
"Ouve, ó Israel: o Senhor nosso Deus é o único Senhor"; "Amarás o Senhor teu Seus de todo
o teu coração, de toda a tua alma, e de toda a tua força. Estas palavras que hoje te ordeno
estarão no teu coração." (Deuteronômio 6.4-5-6). Este mandamento foi confirmado por Jesus,
quando afirmou que não existia outro mandamento maior do que este (Marcos 12.30-31),
porque quem ama cumpre a Lei Moral. Ora, um coração completamente cheio do amor a Deus
não possui espaço para adorar outros deuses, seja "senhor" ou "senhora", ou qualquer

pessoa falecida. Ademais, fazer pedidos aos mortos e acreditar que eles sejam
mensageiros de Deus, faz parte da doutrina espírita.
"Eu e a minha casa serviremos ao Senhor... nunca nos aconteça que deixemos ao Senhor
para servirmos a outros deuses" (Josué 24.14-16). Devemos confiar no Senhor e somente a
Ele dirigir nossas súplicas. Em nenhuma parte da Bíblia a santa Maria é elevada à posição de
Senhora, Padroeira, Protetora ou Co-Redentora. Nenhum homem ou mulher pode, depois da
morte física, receber tal sublimação. Quem morreu em nosso lugar foi Jesus, e Ele não divide
sua obra redentora com mais ninguém:
"E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu
não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo
qual importa que sejamos salvos" (Atos 4.12). "Eu sou o
Senhor; este é o meu nome! A minha glória a outrem não a
darei, nem o meu louvor às imagens de escultura" (Isaías
42.8).
Mas, pela palavra da Tradição, Maria cooperou na obra do Salvador e hoje, no céu, é
instrumento de salvação:
"Mas seu papel em relação à Igreja e a toda a humanidade vai
mais longe. De modo inteiramente singular, pela obediência,
fé, esperança e ardente caridade, ela cooperou na obra do
Salvador para restauração da vida sobrenatural das
almas" (C.I.C. p. 273, # 968). "Assunta aos céus, não
abandonou este múnus salvífico, mas, por sua múltipla
intercessão, continua a alcançar-nos os dons da
salvação eterna" (C.I.C. p. 274, # 969).
Entenda-se como "múnus salvífico" a função de salvar, de Co-Redentora.
"Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que ele escolheu para sua
herança" (Salmos 33.12). Daí porque não foi feliz a idéia de, por decreto, eleger Maria à
posição de "Padroeira do Brasil", isto é, defensora e protetora de nosso País. Mais coerente
com a nossa fé cristã, seria declararmos o que está na Bíblia, ou seja, que Deus é o nosso
Senhor, Salvador, Protetor e Pai:
"Adorarás ao Senhor teu Deus, e só a ele servirás" (Lucas 4.8).
Vamos repetir. Jesus, respondendo a Satanás, citou o versículo 13 de Deuteronômio 6. Jesus
foi categórico, direto, claro, objetivo. Ele disse que a nossa adoração deve ser dirigida
exclusivamente a Deus, e só a Ele devemos servir, servir com o nosso louvor, com o nosso
exemplo, com a nossa fé, com nossas orações, nossas lágrimas, nossos jejuns, e obediência
à Sua Palavra. Se as nossas lágrimas, súplicas e louvores forem dirigidos à santa Maria, logo
estaremos em oposição à palavra do Senhor Jesus. Oposição significa desobediência;
desobediência significa rebeldia; rebeldia significa
pecado, e “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por
Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6.23).

"Há um só Deus e pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos" (Hebreus 4.6).
Se até aqui o leitor ainda estava em dúvida, creio que este versículo colocou as coisas no
devido lugar. Como já disse, a Bíblia não fala na existência de uma "Senhora" ou de um outro
"Senhor". O Deus da Bíblia é o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó; o Deus que tirou seu
povo da escravidão do Egito; que abriu o Mar Vermelho e o seu povo fez passar; que lhe
entregou a Terra da promessa; que não está de braços cruzados, impassível, assistindo à
rebeldia da humanidade. Ele é por todos.
Como vimos, a eleição da humilde serva Maria, mãe de Jesus, à posição de Senhora ou de
Padroeira não encontra respaldo nas Escrituras. A nossa adoração não pode ficar dividida
entre o Senhor Deus e a Senhora Maria. Não se pode "coxear entre dois pensamentos",
seguir dois caminhos, ter dois senhores. Devemos aprender com Maria e declararmos que a
"nossa alma exalta e engrandece ao Senhor, e que o nosso espírito se alegra porque estamos
em comunhão com Jesus nosso Salvador".
A Tradição fica longe da Bíblia quando diz que em Maria há salvação. Vimos que em nenhum
outro nome há salvação. (Atos 4.12). E mais: "Eu, eu Sou o Senhor, e fora de mim não há
salvação” (Isaías 43.11). Leiam:
"Eu sou o caminho e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14.6).
"Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o povo dos seus
pecados" (Mateus 1.21).
"...E sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo" (João 4.42). Tradição
insiste em afirmar:
"...Maria, por um vínculo indissolúvel está unida à obra
salvífica de seu Filho: em Maria a Igreja admira e exalta o
mais excelente fruto de redenção..." (C.I.C. p. 300, # 1172).

MÃE DOS VIVOS
A palavra da Tradição:
"A Virgem Maria cooperou para a salvação humana com livre
fé e obediência. Pronunciou seu "fiat" (faça-se) em
representação de toda a natureza humana. Por sua
obediência, tornou-se a nova Eva, Mãe dos viventes" (C.I.C.
p. 143, # 511).
Contestação - Somente Jesus recebeu o título de "o último Adão" na Palavra de Deus: "O
primeiro homem, Adão, foi eleito alma vivente; o último Adão, espírito vivificante" (1 Coríntios
15.45). Nenhum registro há concedendo a Maria o título de segunda Eva e mãe da
humanidade, até porque Eva foi a mulher de Adão, e Maria não foi a mulher de Jesus. Se
Maria fosse realmente a mãe de Deus, poderíamos dizer que ela é a nossa mãe, assim como
Deus é o nosso Pai.
DEPOSITÁRIA DE PRECES
A palavra da Tradição:
"Porque nos dá Jesus, seu Filho, Maria e Mãe de Deus e
nossa Mãe; podemos lhe confiar todos os nossos cuidados e
pedidos: ela reza por nós como rezou por si mesma: "Faça-se
em mim segundo a tua palavra"(Lucas 1.38). Confiando-nos à
sua oração, abandonamo-nos com ela à vontade de Deus:
"Seja feita a vossa vontade" (C.I.C. p.687,# 2677).
Contestação - Maria orou na sua existência humana e terrena, e sua oração não foi diferente
das orações dos santos de ontem e de hoje, ou seja, dando graças a Deus pela vida, pela
salvação, pelos dons, pela missão. No céu as coisas são diferentes. Ela não pode ser
intermediária ou mediadora de nossas preces porque a Palavra diz claramente que o único
Mediador é Jesus (1 Timóteo 2.5). Maria, a "humilde serva", desejaria ser igual a Jesus em
poder e glória e com Ele sentar-se à destra do Pai? A orientação para lhe confiarmos “nossos
cuidados e pedidos” - o que sugere uma entrega total - está totalmente em desacordo com o
padrão da Palavra de Deus. Vejamos:
"Vinde a mim todos os que estais cansados e
sobrecarregados, e eu vos aliviarei" (Mateus 11.28). "Lança o
teu cuidado sobre o Senhor, e ele te susterá; jamais permitirá
que o justo seja abalado" (Salmo 55.22). "Invoca-me no dia da
angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás" (Salmo 50.15).
"Orareis assim: Pai nosso que estás nos céus..." (Mateus 6.9).
“Confia no Senhor e faze o bem...deleita-te no Senhor, e ele
te concederá o que deseja o teu coração. Entrega o teu
caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará; descansa no
Senhor e espera nele” (Salmo 37.3-7).
Se houvesse uma única oração na Bíblia dirigida a Maria, poderíamos até acreditar nesse
ensino. Mas não há. Atos dos Apóstolos foi escrito por volta do ano 63 depois de Cristo; e o
apóstolo Paulo escreveu suas cartas (aos romanos, aos coríntios, aos tessalonicenses, etc)
mais ou menos no mesmo período. Todavia, não há nesses escritos qualquer referência a
Maria, na qualidade de “depositária de preces”, ou qualquer indicação, por menor que seja, no
sentido de confiarmos a ela nossos cuidados.
A Bíblia nos ensina a quem devemos confiar nossas súplicas.. Vejam:
“Não andeis ansiosos de coisa alguma, em tudo, porém,
sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela
oração e pela súplica, com ações de graça” (Filipenses 4.6).
“Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me
glorificarás” (Salmo 50.15).
Portanto, devemos confiar no que diz a Palavra de Deus. As pessoas falecidas, ainda que
estejam na glória, não são detentoras de poderes para livrar-nos do mal, para nos socorrer na
angústia, para perdoar pecados.

TRONO DE SABEDORIA
A palavra da Tradição:
“É neste sentido que a Tradição da Igreja muitas vezes leu,
com relação a Maria, os mais belos textos sobre Sabedoria.
Maria é decantada e representada na Liturgia como o “trono
da Sabedoria” (C.I.C. p. 209, # 721).
Contestação - A Bíblia diz que a sede da Sabedoria é Deus. Vejamos: “Ora, se algum de vós
tem falta de sabedoria, peça a Deus, que a todos dá liberalmente, e não censura, e ser-lhe-á
dada” (Tiago 1.5). “A sabedoria que vem do alto é, primeiramente pura, depois pacífica,
moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade,e sem hipocrisia”
(Tiago 3.17). “Com Deus está a sabedoria e a força” (Jó 12.13). “Os mais belos textos sobre
Sabedoria relacionada a Maria” não se encontram na Bíblia Sagrada.
Nenhum espírito humano pode se igualar a Deus em sabedoria, poder, graça e amor. A
Tradição fala que Maria é o “trono da Sabedoria”, talvez desejando afirmar que ela, sendo
“Rainha do Céu”, deva também possuir esse título. Tiago não sabia disso, pois nos orientou a
pedirmos sabedoria a Deus. Como se vê, as intenções da Tradição não encontram amparo
nas Sagradas Escrituras.

RAINHA DO UNIVERSO
A palavra da Tradição:
“Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda
mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre,
foi assunta de corpo e alma à glória celeste. E para que mais
plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos
senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo
Senhor como Rainha do Universo”. (C.C. p. 273, # 966).
Contestação - Nada do que foi dito acima bate, como já analisado, com a Bíblia. Ao afirmar
que Maria detém a posição de Rainha do Universo, a Tradição admite que ela é Rainha de
Todas as Coisas. Lamentavelmente, o Catecismo Católico não cita uma só passagem bíblica
que confirme essa declaração. Deus não divide a sua glória com ninguém. Vejam o que está
escrito na Bíblia a respeito da adoração a uma falsa deusa, chamada de “Rainha dos Céus”:
“Os filhos apanham a lenha, os pais acendem o fogo, e as
mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à rainha dos
Céus; e oferecem libações a outros deuses, para me
provocarem à ira” (Jeremias 7.18).
Ora, eles faziam isso em nome da Tradição. Vejam:
“... Queimaremos incenso à deusa chamada Rainha dos Céus
e lhe ofereceremos libações, como nós e nossos pais, nossos
reis e nossos príncipes temos feito...”(Jeremias 44.17).

A Bíblia ensina que honra e glória pertencem ao Senhor: “Digno é o Cordeiro que foi morto, de
receber poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças”
(Apocalipse 5.12). O nome que está exaltado é o de Jesus, não é o da “Rainha do Universo”.
Vejam: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de
todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra,
e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”
(Filipenses 2.9-10). Portanto, só devemos dobrar nossos joelhos para adorar ao Rei dos reis e
Senhor dos senhores.

MODELO DE SANTIDADE
A palavra da Tradição:
“Da Igreja [o cristão] recebe a graça dos sacramentos, que o
sustenta ”no caminho”. Da Igreja aprende o exemplo de
santidade; reconhece a figura e a fonte (da Igreja) em Maria, a
Virgem Santíssima” (C.I.C. p.534, # 2030).
Contestação – O nosso maior modelo de santidade é Jesus. Vejamos: “Aprendei de mim, que
sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma” (Mateus 11.29).
“Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu fiz, façais vós também”(João 13.15).
“Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o
exemplo, para que sigais as suas pisadas” (1 Pedro 2.21). “Aquele que diz que está nele [em
Jesus] também deve andar como ele andou” (1 João 2.6). Devemos ser santos porque Deus é
santo, e não porque Maria é santa: “Eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto vós vos
consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo...” (Levíticos 11.44). Leia também 1 Pedro
1.15-16. Maria clamou por salvação e se declarou pecadora quando fez a seguinte oração: “A
minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus MEU SALVADOR”
(Lucas 1.46-47, realce do autor). O apóstolo Paulo confirmou a necessidade de salvação de
Maria, quando registrou: “Pois TODOS pecaram e destituídos estão da glória de Deus”
(Romanos 3.23). Logo, uma pecadora não pode ser modelo de santidade, como não o foram
Pedro, João, Mateus, Lucas, Elias, e tantos outros.
ORANDO DE ACORDO COM A PALAVRA
As orações mentirosas não são agradáveis a Deus. Mentirosas são as orações que não estão
em consonância com a Sua Palavra. Vejamos alguns exemplos:

1) Se nossos pedidos são dirigidos a Maria, ou a qualquer santo, estamos dizendo que a
oração do “PAI NOSSO”, ensinada por Jesus, não é correta ou está incompleta. Então, a
nossa posição é de rebeldia, de desobediência. Todas as orações registradas na Bíblia, de
Gênesis a Apocalipse, são dirigidas a Deus. Não há um só pedido feito ao santo Noé, santo
Moisés, santo Isaías, são Pedro, ou a qualquer outro. Deus quer que busquemos a Ele. Vejam:
“Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes”
(Jeremias 33.3); “Vinde a mim todos os que estás cansados e sobrecarregados, e eu vos
aliviarei” (Mateus 11.28). “Deus é galardoador dos que O buscam” (Hebreus 11.6).

2) Quando chamamos a santa Maria de Advogada, Intercessora ou Mediadora, estamos
declarando que a palavra de Deus é mentirosa. A Bíblia declara que só Jesus é Advogado,
Mediador e Intercessor entre Deus e os homens (1 Timóteo 2.5; 1 João 2.1; Hebreus 7.25).
Além disso, temos a declaração do próprio Jesus, em João 14.6: “Eu sou o caminho, a verdade

e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. Somente Jesus morreu numa cruz pela
redenção da Humanidade .Por isso a posição de Medidor é dele e não pode ser dividida com
mais ninguém.

3) Se em nossas orações dissermos que Maria foi “concebida sem pecado”, também
estaremos duvidando da Palavra. Em Romanos 3.23 está dito que “Todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus”. A única pessoa não gerada em pecado, porque gerada
pelo Espírito Santo, foi Jesus Cristo. As demais – Pedro, Paulo, José, Maria e todos nós –
herdaram a natureza pecaminosa da semente de Adão e Eva. A Palavra é cristalina, objetiva e
direta. E seguindo esse raciocínio, podemos detectar onde estamos pecando por discordar
da Bíblia Sagrada.

4) Se fizermos repetidamente a mesma oração, dezenas de vezes, estaremos
desobedecendo ao Senhor, que disse para não usarmos de “vãs repetições”, como fazem os
pagãos, “que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos” (Mateus 6.7-13). Quando
estamos falando com Deus, isto é, quando estamos orando, não devemos ficar preocupados
em contar quantas vezes a mesma oração foi repetida. A oração deve ser espontânea, livre de
fórmulas, de forma a expressar o que sentimos em nossos corações.

A ADORAÇÃO DA MÃE E DO FILHO

Extraímos do livro “Babilônia: A Religião dos Mistérios”, de Ralph Woodrow, o seguinte a
respeito desse assunto:
“Um dos exemplos mais destacados de como o paganismo babilônico tem continuado até
nossos dias pode ser visto na maneira como a igreja romanista inventou a adoração a Maria
para substituir a antiga adoração à deusa-mãe”.

“A história da mãe e do filho foi largamente conhecida na antiga BABILÔNIA e desenvolveu-se
até ser uma adoração estabelecida. Numerosos monumentos da Babilônia mostram a deusamãe
Semíramis com seu filho Tamuz nos braços. Quando o povo da Babilônia foi espalhado
para as várias partes da terra, levaram consigo a adoração da mãe divina e de seu filho. Isto
explica porque muitas nações adoravam uma mãe e um filho – de uma forma ou de outra –
séculos antes do verdadeiro Salvador, Jesus Cristo, ter nascido neste mundo. Nos vários
países onde este culto se espalhou, a mãe e o filho foram chamados por diferentes nomes
pois, relembramos, a linguagem foi confundida em Babel”.

“Os chineses tinham uma deusa-mãe chamada Shingmoo ou Santa Mãe. Ela é representada
com um filho nos braços e raios de glória ao redor da cabeça. Os antigos germanos adoravam
a virgem Hertha com o filho nos braços. Os escandinavos a chamavam de Disa, que também
era representada com um filho. Os etruscos chamavam-na de Nutria, e entre os druidas a
Virgo-Patitura era adorada como a “Mãe de Deus”. Na Índia, era conhecida como Indrani, que
também era representada como o filho nos braços”.

“A deusa-mãe era conhecida como Afrodite ou Ceres pelos gregos; Nana, pelos sumérios; e
como Vênus ou Fortuna, pelos seus devotos nos velhos dias de Roma, e seu filho como
Júpiter. Por várias eras, Ísis, a “Grande Deusa” e seu filho Iswara, têm sido adorados na Índia,
onde templos foram erigidos para sua adoração. Na Ásia, a mãe era conhecida como Cibele e
o filho como Deoius. “Mas, a despeito de seu nome ou lugar”, diz um escritor, “ela foi a esposa
de Baal, a virgem rainha dos céus, que ficou grávida, sem jamais ter conhecido varão”.
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“Quando os filhos de Israel caíram em apostasia, eles também foram enganados por esta
adoração da deusa-mãe. Como lemos em Juízes 2.13: “Eles deixaram ao Senhor e serviram a
Baal e a Astarote”. Astarote ou Astarte era o nome pelo qual a deusa era conhecida pelos filhos
de Israel. É penoso pensar que aqueles que haviam conhecido o verdadeiro Deus, o
abandonassem e adorassem a mãe pagã. Ainda assim era exatamente o que faziam
repetidamente (Juízes 10.6; 1 Samuel 7.3-4; 12.10; 1 Reis 11.5; 11 Reis 23.13). Um dos títulos
pelos quais a deusa era conhecida entre eles era o de “rainha dos céus”(Jeremias 44.17-19).
O profeta Jeremias repreendeu-os por adorarem, mas eles se rebelaram contra sua
advertência”.
“Em Éfeso, a grande mãe era conhecida como Diana. O templo dedicado a ela, naquela
cidade, era uma das sete maravilhas do mundo antigo. Não somente em Éfeso, mas em toda a
Ásia e em todo o mundo a deusa era adorada (Atos 19.27). No Egito, a mãe era conhecida
como Ísis e seu filho como Horus. É muito comum os monumentos religiosos do Egito
mostrarem o infante Horus sentado no colo de sua mãe”.
“Esta falsa adoração, tendo se espalhado da Babilônia para diversas nações, com diferentes
nomes e formas, finalmente estabeleceu-se em Roma e em todo o Império Romano. Diz um
notável escritor com relação a este período: a adoração da grande mãe foi muito popular sob o
Império Romano. Inscrições provam que os dois (a mãe e o filho) recebiam honras divinas, não
somente e especialmente em Roma, mas também nas províncias, especialmente na África,
Espanha, Portugal, França, Alemanha, e Bulgária”.
“Foi durante esse período quando o culto da mãe divina foi muito destacado, que o Salvador,
Jesus Cristo, fundou a verdadeira Igreja do Novo Testamento. Que gloriosa Igreja ela foi
naqueles dias primitivos! Pelo terceiro e quarto século, contudo, o que era conhecido como a
“igreja” havia, em muitas maneiras abandonado a fé original, caindo em apostasia a respeito do
que os apóstolos haviam avisado. Quando essa “queda” veio, muito paganismo foi misturado
com o cristianismo. Pagãos não convertidos eram tomados como professos na igreja e em
numerosas ocasiões tinham a permissão de continuar muitos dos seus rituais e costumes
pagãos – usualmente com umas poucas reservas ou mudanças, para fazer suas crenças
parecerem mais semelhantes à doutrina cristã”.
“Um dos melhores exemplos de tal transferência do paganismo pode ser visto na maneira
como a igreja professa permitiu que o culto da grande mãe continuasse - somente um
pouquinho diferente na forma - com um novo nome! Veja você, muitos pagãos tinham sido
trazidos para o cristianismo, mas tão forte era sua adoração pela deusa-mãe, que não a
queriam esquecer. Líderes da igreja comprometidos viram que, se pudessem encontrar alguma
semelhança no cristianismo com a adoração da deusa-mãe, poderiam aumentar
consideravelmente o seu número. Mas, quem poderia substituir a grande mãe do paganismo?
É claro que Maria, a mãe de Jesus, pois era a pessoa mais lógica para eles escolherem. Ora,
não podiam eles permitir que as pessoas continuassem suas orações e devoções a uma
deusa-mãe, apenas chamando-a pelo nome de Maria, em lugar dos nomes anteriores pelos
quais era conhecida? Aparentemente foi esse o raciocínio empregado, pois foi exatamente o
que aconteceu! Pouco a pouco, a adoração que tinha sido associada com a mãe pagã foi
transferida para Maria”.
“Mas a adoração a Maria não fazia parte da fé cristã original. É evidente que Maria, a mãe de
Jesus, foi uma mulher excelente, dedicada e piedosa – especialmente escolhida para levar em
seu ventre o corpo de nosso Salvador – mesmo assim nenhum dos apóstolos nem mesmo o
próprio Jesus jamais insinuou a idéia da adoração a Maria. Como afirma a Enciclopédia
Britânica, durante os primeiros séculos da igreja, nenhuma ênfase, fosse qual fosse, era
colocada sobre Maria. Este ponto é admitido pela The Catholic Encyclopedia também: ‘A
devoção a Nossa Bendita Senhora, em última análise, deve ser olhada como uma aplicação
prática da doutrina da Comunhão dos Santos. Vendo que esta doutrina não está contida, pelo
menos explicitamente, nas formas primitivas do Credo dos Apóstolos, não há talvez qualquer
campo para surpresa de não descobrirmos quaisquer traços claros do culto da Bendita Virgem
nos primeiros séculos cristãos, sendo o culto de Maria um desenvolvimento posterior”.
“Não foi até o tempo de Constantino – a primeira parte do quarto século – que qualquer um
começou a olhar para Maria como uma deusa. Mesmo neste período, tal adoração foi
combatida pela igreja, como é evidente pelas palavras de Epifânio (403 d.C.) que denunciou
alguns da Trácia, Arábia, e qualquer outro lugar, por adorarem a Maria como uma deusa e
oferecerem bolos em seu santuário. Ainda assim, dentro de apenas uns poucos anos mais, o
culto a Maria foi apenas ratificado pela que conhecemos hoje como a Igreja Católica, mas
tornou-se uma doutrina oficial no Concílio de Éfeso em 431”. “Em Éfeso? Foi nessa cidade que
Diana tinha saído adorada como a deusa da virgindade e da fertilidade desde os tempos
primitivos! Dizia-se que ela representava os primitivos poderes da natureza e foi assim
esculpida com muitos seios. Uma coroa em forma de torre, símbolo da torre de Babel,
adornava sua cabeça”.
“Quando as crenças são por séculos conservadas por um povo, elas não são facilmente
esquecidas. Assim sendo, os líderes da igreja em Éfeso – quando veio a apostasia – também
raciocinaram que se fosse permitido às pessoas conservarem suas idéias a respeito de uma
deusa-mãe, se isto fosse misturado com o cristianismo e o nome de Maria fosse colocado no
lugar, eles poderiam ganhar mais convertidos. Mas este não era o método de Deus. Quando
Paulo veio para Éfeso nos dias primitivos, nenhum compromisso foi feito com o paganismo. As
pessoas eram realmente convertidas e destruíram seus ídolos (Atos 19.24-27). Quão trágico
que a igreja em Éfeso, em séculos posteriores, se comprometesse e adotasse uma forma de
adoração à deusa-mãe, tendo o Concílio de Éfeso finalmente transformado isto em uma
doutrina oficial”.
“Uma posterior indicação que o culto a Maria passou a existir partindo do antigo culto à deusamãe,
pode ser visto nos títulos que são atribuídos a ela. Maria é freqüentemente chamada de
“A Madona”. De acordo com Hislop, esta expressão é a tradução de um dos títulos pelos quais
a deusa babilônica era conhecida. Em forma deificada, Nimrode veio a ser conhecido como
Baal. O título de sua esposa, a divindade feminina, seria o equivalente a Baalti. Em português,
esta palavra significa “minha Senhora”; em Latim, “Meã Domina”, e em Italiano, foi corrompida
para a bem conhecida “Madona”. Entre os fenícios, a deusa-mãe era conhecida como “A
Senhora do Mar”, e até mesmo este título é aplicado a Maria – embora não exista qualquer
conexão entre Maria e o mar!”
“As escrituras tornam claro que existe apenas um mediador entre Deus e os homens, Jesus
Cristo homem (1 Tm 2.5). Ainda assim o catolicismo romano ensina que Maria também é uma
“mediadora”. As orações para ela formam uma parte muito importante no culto católico. Não
existe base escriturística para esta idéia, embora este conceito não fosse estranho às idéias
ligadas à deusa-mãe. Ela trazia como um dos seus títulos “Milita”, que é a “Mediatrix”,
“Medianeira”, ou “Mediadora”.
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“Maria é freqüentemente chamada “rainha dos céus”. Mas Maria, a mãe de Jesus, não é a
rainha dos céus. “A rainha dos céus” foi um título da deusa-mãe que foi adorada séculos antes
de Maria ter ao menos nascido. Bem antes, nos dias de Jeremias, o povo estava adorando a
“rainha dos céus” e praticando rituais que eram sagrados para ela. Como lemos em Jeremias
7.18-20: “Os filhos apanham a lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a
farinha, para se fazerem bolos à rainha dos céus”.
“Um dos títulos pelos quais Ísis era conhecida era a “mãe de Deus”. Mais tarde este mesmo
título foi aplicado a Maria pelos teólogos de Alexandria.Maria era, é claro, a mãe de Jesus, mas
somente no sentido de sua natureza humana, sua humanidade. O significado original de “mãe
de Deus” ia além disto; acrescentava uma posição glorificada à MÃE e a igreja católica da
mesma maneira foi muito ensinada a pensar assim a respeito de Maria”.
“A imagem da deusa-mãe com o filho nos braços estava tão firmemente gravada na mente
pagã quando vieram os dias da apostasia que, de acordo com um escritor, a antiga imagem de
Ísis e do filho Horus foi finalmente aceita, não somente na opinião popular, mas, por sanção
episcopal formal, foi aceita como a imagem da Virgem e do seu filho. Representações de Ísis e
do seu filho foram freqüentemente colocadas em uma moldura de flores. Esta prática também
foi aplicada a Maria, como aqueles que tem estudado arte medieval bem o sabem”.
“Astarte, a deusa fenícia da fertilidade, era associada com a lua crescente. A deusa egípcia da
fertilidade, Ísis, era representada como estando de pé sobre a lua crescente com estrelas
rodeando sua cabeça. Nas igrejas católicas romanas por toda a Europa podem ser vistas
pinturas de Maria exatamente da mesma maneira!”
“De numerosas maneiras, líderes da apostasia tentaram fazer Maria parecer semelhante às
deusas do paganismo e exaltá-la a um plano divino. Uma vez que os pagãos tinham estátuas
da deusa, assim também estátuas eram feitas de “Maria”. Diz-se que em alguns casos as
mesmas estátuas que tinham sido adoradas como Ísis (com seu filho) simplesmente ganharam
outro nome, como de Maria e Cristo menino. “Quando o cristianismo triunfou”, diz um escritor,
“estas pinturas e figuras tornaram-se as figuras da madona e do filho sem qualquer quebra de
continuidade: nenhum arqueólogo, de fato, pode agora dizer se alguns desses objetos
representam uma ou outra”.
‘Muitas dessas figuras renomeadas foram coroadas e adornadas com jóias – exatamente da
mesma maneira das imagens das virgens hindus e egípcias. Mas Maria, a mãe de Jesus,não
era rica (Lucas 2.24;Levíticos 12.87). De onde, então, vieram essas jóias e coroas que são
vistas nestas estátuas que supostamente são dela?”
“Através de compromissos – alguns muito óbvios, outros mais ocultos – a adoração da antiga
mãe continuou dentro da “igreja” da apostasia, misturada, com o nome de Maria sendo
substituto dos antigos nomes”.
Continuamos destacando alguns pontos contidos no livro “Babilônia: a Religião dos Mistérios”,

De Ralph Woodrow.

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